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Lewis, do JPMorgan, prefere ações de Brasil, China e Índia

“Meus favoritos são definitivamente os mercados emergentes, aqueles onde está o crescimento, em especial Brasil, Turquia, China", disse o chefe de investimentos do banco

"A Índia tem algumas sérias turbulências, mas várias das notícias ruins já estão nos preços", afirmou o executivo ligado ao JPMorgan (Getty Images)

"A Índia tem algumas sérias turbulências, mas várias das notícias ruins já estão nos preços", afirmou o executivo ligado ao JPMorgan (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 09h17.

Kuala Lumpur - Geoff Lewis, chefe de serviços de investimento do JPMorgan Asset Management em Hong Kong, fala sobre mercados emergentes, economia dos Estados Unidos e da Europa. Ele falou em entrevista à Bloomberg Television em Hong Kong.

Sobre mercados emergentes

Meus “favoritos são definitivamente os mercados emergentes, aqueles onde está o crescimento, em especial Brasil, Turquia, China, Índia e Indonésia. A Índia tem algumas sérias turbulências, mas várias das notícias ruins já estão nos preços. É provavelmente um pouco cedo para ir overweight agressivamente, mas para os investidores de longo prazo, investidores não estão perdendo a crença no crescimento estrutural de longo prazo da Índia. Por isso, em algum ponto, começará a melhorar, talvez não por alguns trimestres.”

Sobre economia americana

“Os Estados Unidos estão saindo da recessão, isto está muito claro. Temos tido dados melhores. O importante é que os EUA não estão entrando em recessão. O que não é tão mal para as ações. Coisas como os indicadores de recessão, o índice nacional de atividade do Fed de Chicago, estão saindo do nível de perigo. É decepcionante, crescimento ainda lento, mas pelo menos os EUA não estão no meio da confusão que se vê na Europa.”

Sobre a crise de dívida europeia

“A Europa tem problemas reais. Os responsáveis não se deram conta disso e eu acho que podemos esperar mais volatilidade. Uma séria de más notícias já está nos preços e existe a expectativa de recessão moderada na Europa, de menos meio por cento do PIB da Região do Euro, mas há uma possibilidade distinta de algo pior se os responsáveis pela região continuarem fazendo confusão.

“Estas questões fiscais e longo prazo certamente estão muito longe da crise dos mercados e dos receios com contágio que vemos agora. Eles precisam resolver isso. Os assuntos de longo prazo estão bem, mas existem certos problemas de curto prazo em que os responsáveis parecem não ter ideia de como tratar.”

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