Juros oscilam com dólar, mas longos fecham em queda
Pperador afirmou que exterior um pouco mais negativo é decisivo para o recuo dos juros longos, apesar do nível elevado do dólar em relação ao real
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 17h24.
São Paulo - Em meio aos dados da produção industrial de abril acima das expectativas, da oscilação do dólar ao longo do dia e da aversão ao risco externa, as taxas futuras de juros não tiveram direção clara nesta terça-feira.
No fim do pregão, os vencimentos mais curtos ficaram perto dos ajustes, enquanto os longos exibiram viés de queda. A leitura é de que o avanço da indústria trouxe pontos positivos à inflação, uma vez que a produção de bens de capital se destacou. Por outro lado, o dólar em patamar elevado segura as taxas de juros, uma vez que pode resultar em pressões adicionais sobre os preços.
Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em outubro de 2013 (47.120 contratos) marcava 8,16%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (399.480 contratos) apontava 8,45%, também idêntico a esta segunda-feira, 3. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (419.115 contratos) indicava 8,97%, ante 9,00% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (222.525 contratos) marcava 9,69%, de 9,75% nesta segunda-feira, e o DI para janeiro de 2021 (13.695 contratos) estava em 10,35%, ante 10,39% no ajuste anterior.
Um operador afirmou que o exterior um pouco mais negativo nesta terça-feira é decisivo para o recuo dos juros longos, apesar do nível elevado do dólar em relação ao real. "As constantes discussões sobre a possibilidade de normalização da política monetária dos EUA tem deixado a ponta longa da curva de juros, onde os estrangeiros mais atuam, um pouco volátil", afirmou, lembrando que o dólar também tem sido importante na composição de prêmios.
Nesta terça, a moeda dos Estados Unidos abriu em queda ante o real em razão de um leilão de títulos cambiais, equivalente à venda de dólares, que exercia influência para baixo nas taxas curtas. As longas, por sua vez, aproveitavam o alívio e corrigiam altas recentes. Depois, no entanto, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou não estar preocupado com a variação do real e que a moeda está alinhada com outras divisas, revertendo o sinal de baixa da divisa. Nesse ambiente, o dólar terminou cotado a R$ 2,1370, com alta de 0,42%.
Pelo lado da atividade, a produção industrial em abril cresceu 1,8% ante março, na série com ajuste sazonal. O resultado superou o teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,40% a 1,70%). A produção industrial de bens de capital subiu 3,2% na passagem de março para abril. Enquanto isso, os mercados internacionais repercutiram dados da zona do euro e dos Estados Unidos. Entre eles, o índice de condições empresariais de Nova York, do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), que caiu a 54,4 em maio, de 58,3 em abril.
São Paulo - Em meio aos dados da produção industrial de abril acima das expectativas, da oscilação do dólar ao longo do dia e da aversão ao risco externa, as taxas futuras de juros não tiveram direção clara nesta terça-feira.
No fim do pregão, os vencimentos mais curtos ficaram perto dos ajustes, enquanto os longos exibiram viés de queda. A leitura é de que o avanço da indústria trouxe pontos positivos à inflação, uma vez que a produção de bens de capital se destacou. Por outro lado, o dólar em patamar elevado segura as taxas de juros, uma vez que pode resultar em pressões adicionais sobre os preços.
Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em outubro de 2013 (47.120 contratos) marcava 8,16%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (399.480 contratos) apontava 8,45%, também idêntico a esta segunda-feira, 3. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (419.115 contratos) indicava 8,97%, ante 9,00% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (222.525 contratos) marcava 9,69%, de 9,75% nesta segunda-feira, e o DI para janeiro de 2021 (13.695 contratos) estava em 10,35%, ante 10,39% no ajuste anterior.
Um operador afirmou que o exterior um pouco mais negativo nesta terça-feira é decisivo para o recuo dos juros longos, apesar do nível elevado do dólar em relação ao real. "As constantes discussões sobre a possibilidade de normalização da política monetária dos EUA tem deixado a ponta longa da curva de juros, onde os estrangeiros mais atuam, um pouco volátil", afirmou, lembrando que o dólar também tem sido importante na composição de prêmios.
Nesta terça, a moeda dos Estados Unidos abriu em queda ante o real em razão de um leilão de títulos cambiais, equivalente à venda de dólares, que exercia influência para baixo nas taxas curtas. As longas, por sua vez, aproveitavam o alívio e corrigiam altas recentes. Depois, no entanto, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou não estar preocupado com a variação do real e que a moeda está alinhada com outras divisas, revertendo o sinal de baixa da divisa. Nesse ambiente, o dólar terminou cotado a R$ 2,1370, com alta de 0,42%.
Pelo lado da atividade, a produção industrial em abril cresceu 1,8% ante março, na série com ajuste sazonal. O resultado superou o teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,40% a 1,70%). A produção industrial de bens de capital subiu 3,2% na passagem de março para abril. Enquanto isso, os mercados internacionais repercutiram dados da zona do euro e dos Estados Unidos. Entre eles, o índice de condições empresariais de Nova York, do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), que caiu a 54,4 em maio, de 58,3 em abril.