Juros ignoram alta do dólar e caem pela 3ª sessão seguida
O mercado de juros operou com uma dinâmica própria, diferente da aversão ao risco vista nos segmentos de ações e no câmbio
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 16h44.
São Paulo - Os juros futuros fecharam em queda consistente pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, 6, refletindo, a exemplo de ontem, a suavização das apostas de alta da Selic em janeiro e o fluxo de venda de investidores estrangeiros nos vencimentos longos.
O mercado de juros operou com uma dinâmica própria, diferente da aversão ao risco vista nos segmentos de ações e no câmbio.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI abril de 2016 fechou em 14,644%, de 14,650% no ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2017 recuou de 15,60% para 15,20%. O DI janeiro de 2021 encerrou em 16,11%, de 16,25%.
As taxas começaram o dia em alta, alinhadas à pressão vista no câmbio, por sua vez provocada por temores geopolíticos depois que a Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira que realizou, com sucesso, seu primeiro teste com uma forma mais poderosa de bomba nuclear.
Ainda, a queda do PMI de Serviços da China - o índice recuou de 51,2 em novembro para 50,2 em dezembro - e uma nova atuação do governo para desvalorizar o yuan reforçaram a busca por segurança na moeda norte-americana.
No entanto, ainda pela manhã, as taxas futuras se descolaram do movimento do dólar e passaram a cair, com reforço do fluxo doador de estrangeiros na ponta longa e continuidade e apostas de uma decisão do Copom menos conservadora em janeiro.
Desde ontem, vem crescendo no mercado a percepção de que o ciclo de aumento da taxa básica pode começar com 0,25 ponto porcentual, dada a forte recessão do País e de que o governo Dilma neste segundo mandato terá um perfil menos ortodoxo.
Mas a aposta em elevação de 0,50 ponto porcentual ainda é majoritária na curva.
Nesse sentido, novos indicadores de atividade fracos no Brasil alimentaram a percepção de que o Copom pode não ter margem para começar o ciclo de forma agressiva.
A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou que o mercado brasileiro de veículos novos terminou 2015 com a maior queda nas vendas desde 1987.
Foram 2,569 milhões de unidades vendidas no ano passado, recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014.
Contudo, nesta tarde, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que o Banco Central tem autonomia para administrar a taxa de juros com a finalidade de controlar a inflação, quando questionado sobre se o governo faz negociação com a autoridade monetária para que a taxa, hoje em 14,25% ao ano, não continue subindo.
Logo mais, Barbosa deve participar de reunião com a presidente Dilma, juntamente com os ministros do Planejamento, Valdir Simão, além dos titulares da Casa Civil, Jaques Wagner, e da secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
Na pauta, diversos temas econômicos, entre eles a sanção do Orçamento de 2016 e possíveis vetos à lei aprovada pelo Congresso Nacional.
No exterior, às 17 horas o Federal Reserve divulga a ata da reunião de política monetária de dezembro, no qual o mercado buscará pistas sobre como o ciclo de alta de juro nos EUA será conduzido, diante do agravamento das tensões geopolíticas e da desaceleração da economia chinesa.
São Paulo - Os juros futuros fecharam em queda consistente pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, 6, refletindo, a exemplo de ontem, a suavização das apostas de alta da Selic em janeiro e o fluxo de venda de investidores estrangeiros nos vencimentos longos.
O mercado de juros operou com uma dinâmica própria, diferente da aversão ao risco vista nos segmentos de ações e no câmbio.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI abril de 2016 fechou em 14,644%, de 14,650% no ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2017 recuou de 15,60% para 15,20%. O DI janeiro de 2021 encerrou em 16,11%, de 16,25%.
As taxas começaram o dia em alta, alinhadas à pressão vista no câmbio, por sua vez provocada por temores geopolíticos depois que a Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira que realizou, com sucesso, seu primeiro teste com uma forma mais poderosa de bomba nuclear.
Ainda, a queda do PMI de Serviços da China - o índice recuou de 51,2 em novembro para 50,2 em dezembro - e uma nova atuação do governo para desvalorizar o yuan reforçaram a busca por segurança na moeda norte-americana.
No entanto, ainda pela manhã, as taxas futuras se descolaram do movimento do dólar e passaram a cair, com reforço do fluxo doador de estrangeiros na ponta longa e continuidade e apostas de uma decisão do Copom menos conservadora em janeiro.
Desde ontem, vem crescendo no mercado a percepção de que o ciclo de aumento da taxa básica pode começar com 0,25 ponto porcentual, dada a forte recessão do País e de que o governo Dilma neste segundo mandato terá um perfil menos ortodoxo.
Mas a aposta em elevação de 0,50 ponto porcentual ainda é majoritária na curva.
Nesse sentido, novos indicadores de atividade fracos no Brasil alimentaram a percepção de que o Copom pode não ter margem para começar o ciclo de forma agressiva.
A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou que o mercado brasileiro de veículos novos terminou 2015 com a maior queda nas vendas desde 1987.
Foram 2,569 milhões de unidades vendidas no ano passado, recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014.
Contudo, nesta tarde, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que o Banco Central tem autonomia para administrar a taxa de juros com a finalidade de controlar a inflação, quando questionado sobre se o governo faz negociação com a autoridade monetária para que a taxa, hoje em 14,25% ao ano, não continue subindo.
Logo mais, Barbosa deve participar de reunião com a presidente Dilma, juntamente com os ministros do Planejamento, Valdir Simão, além dos titulares da Casa Civil, Jaques Wagner, e da secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
Na pauta, diversos temas econômicos, entre eles a sanção do Orçamento de 2016 e possíveis vetos à lei aprovada pelo Congresso Nacional.
No exterior, às 17 horas o Federal Reserve divulga a ata da reunião de política monetária de dezembro, no qual o mercado buscará pistas sobre como o ciclo de alta de juro nos EUA será conduzido, diante do agravamento das tensões geopolíticas e da desaceleração da economia chinesa.