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Juros globais testam resiliência de emergentes, diz associação de bancos

Instituto para Finanças Internacionais se preocupa com reação de países ao movimento contínuo de alto nos custos de financiamento global

Peso argentino: entidade disse que, até agora, tem sido limitada a contaminação da depreciação da moeda argentina e da lira turca (Diego Giudice/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 22 de maio de 2018 às 20h42.

NOVA YORK (Reuters) - O Instituto para Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) disse nesta terça-feira que está preocupado com a resiliência dos mercados emergentes , dada a vulnerabilidade que tem sido vista na classe de ativos a um "aumento moderado" nos custos de financiamento globais.

O IIF, uma associação global de instituições financeiras, disse que a contaminação da depreciação da lira turca e do peso argentino este ano até agora tem sido limitada. No entanto, há preocupação que os 20 por cento de queda para cada moeda até agora em 2018 tenha ocorrido com um aumento de cerca de apenas 60 pontos base nos rendimentos das notas de 10 anos dos Treasuries dos Estados Unidos.

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"Isso nos deixa preocupados com o quão bem o complexo dos mercados emergentes vai digerir um movimento contínuo mais alto nos custos de financiamento global", disse a nota de pesquisa do IIF, fazendo referência ao aumento das taxas de juros.

Os investimentos de não-residentes em portfólio nos últimos três anos atingiram mais de 5 por cento do produto interno bruto em vários países emergentes, incluindo Argentina, Colômbia, México, África do Sul, Egito e Indonésia.

O agregado dos mercados emergentes pairou perto de 2,5 por cento no mesmo período de tempo, de acordo com a nota, o que significa que a concentração em alguns países poderia impedir um contágio maior.

No entanto, segundo o IFF, "continuamos preocupados" com a repercussão porque "o principal motor do grandes vendas é o aumento deste ano no rendimento dos Treasuries de 10 anos de 2,4 para 3,0 por cento".

O índice de moedas de mercados emergentes MSCI chegou a cair até 4 por cento na segunda-feira, de um nível recorde atingido no fim de março. Nesta terça-feira, o índice subiu 0,69 por cento, o máximo para um dia desde o fim de janeiro.

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