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Juros futuros sobem após dados da indústria

A produção industrial recuou 0,6% em novembro ante outubro e caiu 1,0% na comparação com novembro de 2011

Às 9h46 (horário de Brasília), a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 estava em 7,13%, ante 7,11% do ajuste de ontem (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 09h43.

São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros avançam na manhã desta sexta-feira, após a divulgação dos dados industriais de novembro e com os investidores de olho no cenário externo.

Embora a produção industrial tenha recuado 0,6% em novembro ante outubro e caído 1,0% na comparação com novembro de 2011, os resultados negativos já eram amplamente esperados pelo mercado e analistas enxergam, em alguns números, sinais de melhora no setor, ainda que tímido.

Com isso, as taxas dos DIs avançam em relação aos ajustes desta quinta-feira (3) e a despeito de o IBGE também ter revisado em baixa o resultado da produção industrial em outubro ante setembro, de +0,9% para +0,1%.

Às 9h46 (horário de Brasília), a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 estava em 7,13%, ante 7,11% do ajuste de ontem.

Já o DI para janeiro de 2015 marcava 7,76%, ante 7,70% de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 estava em 8,50%, ante 8,42% de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2021 marcava 9,19%, ante 9,09% do ajuste anterior.

"A produção industrial de novembro veio fraca, apesar de a queda ter sido menor que o esperado. Também houve forte revisão para baixo do dado de outubro. Os dados mostram que a confiança ainda não se restabeleceu no setor, a ponto de alavancar a produção", comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil.


O resultado de -0,6% de novembro ante outubro, informado pelo IBGE, veio melhor que a mediana calculada pelo AE Projeções com base nas estimativas do mercado, de -1,0%. Já a queda de 1,0% na produção de novembro ante novembro de 2011, pelo levantamento do AE Projeções, foi pior que o recuo de 0,85% esperado.

Estes números, apesar da revisão em baixa do dado de outubro, mostram um cenário de recuperação no quarto trimestre, na avaliação de Flávio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil. "Não houve alterações em termos de tendência. Estamos vendo uma recuperação no quarto trimestre, mas muito aquém do que todo mundo esperava", comentou.

O dado da produção industrial de novembro ante outubro, conforme Serrano, contribui para a alta das taxas dos DIs nesta manhã. Este movimento é favorecido pelo cenário externo, onde os investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego (payroll) às 11h30.

"Os dados de ontem da ADP, sobre vagas no setor privado, vieram bons, o que traz uma perspectiva positiva para os números de hoje. Além disso, o IPC da Fipe mostrou que a inflação segue alta", citou Rostagno.

Hoje a Fipe informou que a inflação medida pelo IPC atingiu 0,78% em dezembro e encerrou 2012 em 5,10%. O resultado de dezembro ficou acima da mediana de 0,70% esperada pelo mercado, conforme levantamento do AE Projeções.

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São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros avançam na manhã desta sexta-feira, após a divulgação dos dados industriais de novembro e com os investidores de olho no cenário externo.

Embora a produção industrial tenha recuado 0,6% em novembro ante outubro e caído 1,0% na comparação com novembro de 2011, os resultados negativos já eram amplamente esperados pelo mercado e analistas enxergam, em alguns números, sinais de melhora no setor, ainda que tímido.

Com isso, as taxas dos DIs avançam em relação aos ajustes desta quinta-feira (3) e a despeito de o IBGE também ter revisado em baixa o resultado da produção industrial em outubro ante setembro, de +0,9% para +0,1%.

Às 9h46 (horário de Brasília), a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 estava em 7,13%, ante 7,11% do ajuste de ontem.

Já o DI para janeiro de 2015 marcava 7,76%, ante 7,70% de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 estava em 8,50%, ante 8,42% de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2021 marcava 9,19%, ante 9,09% do ajuste anterior.

"A produção industrial de novembro veio fraca, apesar de a queda ter sido menor que o esperado. Também houve forte revisão para baixo do dado de outubro. Os dados mostram que a confiança ainda não se restabeleceu no setor, a ponto de alavancar a produção", comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil.


O resultado de -0,6% de novembro ante outubro, informado pelo IBGE, veio melhor que a mediana calculada pelo AE Projeções com base nas estimativas do mercado, de -1,0%. Já a queda de 1,0% na produção de novembro ante novembro de 2011, pelo levantamento do AE Projeções, foi pior que o recuo de 0,85% esperado.

Estes números, apesar da revisão em baixa do dado de outubro, mostram um cenário de recuperação no quarto trimestre, na avaliação de Flávio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil. "Não houve alterações em termos de tendência. Estamos vendo uma recuperação no quarto trimestre, mas muito aquém do que todo mundo esperava", comentou.

O dado da produção industrial de novembro ante outubro, conforme Serrano, contribui para a alta das taxas dos DIs nesta manhã. Este movimento é favorecido pelo cenário externo, onde os investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego (payroll) às 11h30.

"Os dados de ontem da ADP, sobre vagas no setor privado, vieram bons, o que traz uma perspectiva positiva para os números de hoje. Além disso, o IPC da Fipe mostrou que a inflação segue alta", citou Rostagno.

Hoje a Fipe informou que a inflação medida pelo IPC atingiu 0,78% em dezembro e encerrou 2012 em 5,10%. O resultado de dezembro ficou acima da mediana de 0,70% esperada pelo mercado, conforme levantamento do AE Projeções.

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