Juros futuros iniciam negócios com ajustes após Selic subir
O Copom elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 09h21.
São Paulo - No dia seguinte à decisão, dentro do esperado, do Comitê de Política Monetária ( Copom ) de elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano, o mercado de juros futuros abriu o pregão com ligeiros ajustes técnicos, com as atenções mais concentradas no exterior, onde o Banco Central Europeu (BCE) decide, logo mais, sobre os rumos da política monetária.
Às 9h25, na BM&FBovespa, o DI para abril de 2015 tinha taxa de 12,240%, na mínima, de 12,201% no ajuste de quarta-feira, 21, o DI para janeiro de 2016 projetava taxa de 12,66%, de 12,62% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 estava em 12,34%, de 12,33% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,78%, na máxima, de 11,74%, na mesma comparação.
É válido lembrar que o tradicional leilão de títulos públicos que o Tesouro Nacional realiza hoje influencia as taxas futuras.
Na quarta-feira, 21, à noite, o Copom manteve o ritmo de aperto do juro básico, em 0,50 ponto porcentual, mas enxugou o texto do comunicado que se seguiu à decisão, limitando-se a dizer que decidiu, por unanimidade, elevar a Selic para 12,25% ao ano, sem viés.
A novidade ficou com a retirada do termo "parcimônia", que já havia sido eliminada do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), evitando ruídos, bem como pistas, quanto aos próximos passos do BC.
Porém, por mais que o Copom tenha deixado a porta aberta até a próxima reunião, em março, o fato de o juro brasileiro continuar muito mais convidativo do que o praticado nas principais economias maduras favorece a perspectiva de que o Brasil continue servindo de porta de entrada para o capital especulativo, fortalecendo a moeda local.
Segundo levantamento da UpTrend, o País ocupa o segundo lugar no ranking de maior pagador de juros reais do mundo, atrás apenas da Rússia, considerando as projeções médias de inflação futura (ex ante).
Além do chamado "hot money" dos especuladores, a confiança no ajuste fiscal do governo brasileiro tem sido um fator importante. Em Davos, após reunião bilateral com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que ele é "um cavalheiro muito confiável e competente".
Levy dá continuidade hoje a sua participação no Fórum Econômico Mundial e, às 9 horas, tem almoço com investidores. Às 12h10, ele estará em encontro sobre serviços financeiros.
Às 13h30, o ministro reúne-se com o criador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab e, às 15h45, é a vez do encontro com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luís Alberto Moreno.
Os prováveis estímulos na zona do euro combinados com um cenário de juro doméstico alto mantêm atrativo o ingresso de recursos externos no País, o que sustenta o dólar em queda ante o real desde a abertura, cotado já abaixo de R$ 2,60, mas ainda sem influência no comportamento dos derivativos de renda fixa.
Mas todas as atenções estão voltadas para o encontro do BCE, que está sendo descrito como uma histórica reunião de política monetária e que, por ora, reveste os mercados internacionais de cautela.
A expectativa é de que a autoridade monetária anuncie o início de compras de bônus soberanos por meio de um programa conhecido como relaxamento quantitativo (QE), já testado nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão, mas que seria uma iniciativa inédita na zona do euro.
Segundo fontes, o BCE deve debater uma proposta do Conselho Executivo de compras mensais de cerca de 50 bilhões de euros (US$ 58 bilhões) em bônus soberanos pelo período mínimo de um ano. A decisão final cabe ao Conselho Diretor, composto por 25 integrantes. O anúncio da decisão será feito às 10h45, seguido de coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Mario Draghi, às 11h30.
São Paulo - No dia seguinte à decisão, dentro do esperado, do Comitê de Política Monetária ( Copom ) de elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano, o mercado de juros futuros abriu o pregão com ligeiros ajustes técnicos, com as atenções mais concentradas no exterior, onde o Banco Central Europeu (BCE) decide, logo mais, sobre os rumos da política monetária.
Às 9h25, na BM&FBovespa, o DI para abril de 2015 tinha taxa de 12,240%, na mínima, de 12,201% no ajuste de quarta-feira, 21, o DI para janeiro de 2016 projetava taxa de 12,66%, de 12,62% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 estava em 12,34%, de 12,33% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,78%, na máxima, de 11,74%, na mesma comparação.
É válido lembrar que o tradicional leilão de títulos públicos que o Tesouro Nacional realiza hoje influencia as taxas futuras.
Na quarta-feira, 21, à noite, o Copom manteve o ritmo de aperto do juro básico, em 0,50 ponto porcentual, mas enxugou o texto do comunicado que se seguiu à decisão, limitando-se a dizer que decidiu, por unanimidade, elevar a Selic para 12,25% ao ano, sem viés.
A novidade ficou com a retirada do termo "parcimônia", que já havia sido eliminada do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), evitando ruídos, bem como pistas, quanto aos próximos passos do BC.
Porém, por mais que o Copom tenha deixado a porta aberta até a próxima reunião, em março, o fato de o juro brasileiro continuar muito mais convidativo do que o praticado nas principais economias maduras favorece a perspectiva de que o Brasil continue servindo de porta de entrada para o capital especulativo, fortalecendo a moeda local.
Segundo levantamento da UpTrend, o País ocupa o segundo lugar no ranking de maior pagador de juros reais do mundo, atrás apenas da Rússia, considerando as projeções médias de inflação futura (ex ante).
Além do chamado "hot money" dos especuladores, a confiança no ajuste fiscal do governo brasileiro tem sido um fator importante. Em Davos, após reunião bilateral com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que ele é "um cavalheiro muito confiável e competente".
Levy dá continuidade hoje a sua participação no Fórum Econômico Mundial e, às 9 horas, tem almoço com investidores. Às 12h10, ele estará em encontro sobre serviços financeiros.
Às 13h30, o ministro reúne-se com o criador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab e, às 15h45, é a vez do encontro com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luís Alberto Moreno.
Os prováveis estímulos na zona do euro combinados com um cenário de juro doméstico alto mantêm atrativo o ingresso de recursos externos no País, o que sustenta o dólar em queda ante o real desde a abertura, cotado já abaixo de R$ 2,60, mas ainda sem influência no comportamento dos derivativos de renda fixa.
Mas todas as atenções estão voltadas para o encontro do BCE, que está sendo descrito como uma histórica reunião de política monetária e que, por ora, reveste os mercados internacionais de cautela.
A expectativa é de que a autoridade monetária anuncie o início de compras de bônus soberanos por meio de um programa conhecido como relaxamento quantitativo (QE), já testado nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão, mas que seria uma iniciativa inédita na zona do euro.
Segundo fontes, o BCE deve debater uma proposta do Conselho Executivo de compras mensais de cerca de 50 bilhões de euros (US$ 58 bilhões) em bônus soberanos pelo período mínimo de um ano. A decisão final cabe ao Conselho Diretor, composto por 25 integrantes. O anúncio da decisão será feito às 10h45, seguido de coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Mario Draghi, às 11h30.