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Juros futuros fecham em alta, pressionados por risco fiscal

Ao término da negociação normal da BM&FBovespa, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 fechou estável ante o ajuste anterior, em 13,945%


	Ilan Goldfajn, do BC: no exterior, a despeito da alta das ações, o dia foi pesado para ativos de países emergentes
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Ilan Goldfajn, do BC: no exterior, a despeito da alta das ações, o dia foi pesado para ativos de países emergentes (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2016 às 17h29.

São Paulo - Os juros futuros mantiveram o sinal de alta nesta sexta-feira, 22, mas, ao contrário de ontem, hoje os contratos longos é que foram destaque.

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) listar em seu comunicado "incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia" no balanço de riscos para a inflação, os juros hoje subiram amparados no noticiário que eleva preocupações com a área fiscal.

No exterior, a despeito da alta das ações, o dia foi pesado para ativos de países emergentes, como moedas e títulos, após um dado fraco da economia do Reino Unido.

Ao término da negociação normal da BM&FBovespa, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (97.880 contratos) fechou estável ante o ajuste anterior, em 13,945%.

O DI janeiro de 2018 (126.472 contratos) subiu de 12,78% para 12,84%. O DI janeiro de 2021 (107.180 contratos) encerrou em 12,07%, de 11,97%.

Entre as notícias que pesaram sobre a curva longa está a que o governo confirmou que encaminhará ao Congresso propostas de reajuste salarial a 14 categorias do funcionalismo público e também declarações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, contrárias ao contingenciamento do Orçamento.

Para evitar um novo contingenciamento, o governo decidiu usar efetivamente R$ 16,5 bilhões do espaço fiscal que havia estabelecido para absorver riscos fiscais, como aponta o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento.

Lá fora, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Reino Unido, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, caiu para 47,7 em julho, de 52,4 em junho, indicando contração da economia e atingindo o menor nível desde abril de 2009, segundo dados preliminares publicados hoje pela Markit Economics.

O número acentua as preocupações sobre o ritmo da economia global, mas amplia a expectativa de aumento de estímulos de liquidez.

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