Juros futuros abrem em leve baixa após Copom
Os juros futuros domésticos também devem reagir ao dólar, que perde força ao redor do globo
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 11h08.
São Paulo - Os juros futuros iniciaram esta quinta-feira, 11, em leve queda entre os contratos mais curtos, em ajuste à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e aos dados fracos do varejo em maio, divulgados pelo IBGE.
O recuo é mais acentuado na parcela mais longa da curva a termo, em função da queda das Treasuries nos Estados Unidos após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizar na quarta-feira a manutenção da política monetária extremamente acomodatícia no futuro previsível. Dados ruins divulgados nos Estados Unidos acentuaram a tendência de baixa nos contratos mais dilatados.
Às 9h39, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,42%, de 8,46% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 oscilava para 8,77%, na máxima do dia, de 8,80% na véspera, enquanto o DI para janeiro de 2015 recuava para 9,49%, de 9,52% da véspera.
Na ponta longa, o contrato para janeiro de 2017, que tem forte correlação com as treasuries de 10 anos, caía para 10,72%, também na máxima, de 10,82% na quarta-feira.
As vendas do comércio varejista restrito ficaram estáveis em maio ante abril, dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (-1,80% a 0,90%) e acima da mediana (-0,30%).
Quanto ao varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, as vendas caíram 0,8% em maio ante abril, também dentro do intervalo das estimativas (-1,20% a 0,30%), mas abaixo da mediana (-0,63%).
O dado das vendas do varejo ganhou importância após a decisão de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8,50% ao ano, resultado amplamente esperado por investidores e analistas.
O Copom optou ainda por repetir exatamente o mesmo comunicado da reunião anterior. "Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", diz o texto do Copom.
Esse parece ser um claro sinal de que a autoridade prefere evitar ruídos de comunicação, em momento de forte volatilidade global, esperando mais dados sobre a economia brasileira antes de sinalizar qualquer alteração na sua tática para o combate à inflação. E o desempenho do varejo é uma dessas informações.
Vale lembrar que o próprio BC vem dizendo que um dos seus focos de atuação está nas expectativas para a alta dos preços e que esta, por sua vez, é, nas palavras do próprio Banco Central, dependente dos índices de inflação corrente - hoje em queda acentuada.
Na manhã desta quinta, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,16% na primeira quadrissemana de julho. O número representa uma alta menor em relação ao fechamento de junho, quando apresentou um avanço de 0,32%.
Os juros futuros domésticos também devem reagir ao dólar, que perde força ao redor do globo depois que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizou que a política altamente acomodatícia deve prosseguir no futuro próximo. As taxas das treasuries também recuam.
São Paulo - Os juros futuros iniciaram esta quinta-feira, 11, em leve queda entre os contratos mais curtos, em ajuste à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e aos dados fracos do varejo em maio, divulgados pelo IBGE.
O recuo é mais acentuado na parcela mais longa da curva a termo, em função da queda das Treasuries nos Estados Unidos após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizar na quarta-feira a manutenção da política monetária extremamente acomodatícia no futuro previsível. Dados ruins divulgados nos Estados Unidos acentuaram a tendência de baixa nos contratos mais dilatados.
Às 9h39, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,42%, de 8,46% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 oscilava para 8,77%, na máxima do dia, de 8,80% na véspera, enquanto o DI para janeiro de 2015 recuava para 9,49%, de 9,52% da véspera.
Na ponta longa, o contrato para janeiro de 2017, que tem forte correlação com as treasuries de 10 anos, caía para 10,72%, também na máxima, de 10,82% na quarta-feira.
As vendas do comércio varejista restrito ficaram estáveis em maio ante abril, dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (-1,80% a 0,90%) e acima da mediana (-0,30%).
Quanto ao varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, as vendas caíram 0,8% em maio ante abril, também dentro do intervalo das estimativas (-1,20% a 0,30%), mas abaixo da mediana (-0,63%).
O dado das vendas do varejo ganhou importância após a decisão de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8,50% ao ano, resultado amplamente esperado por investidores e analistas.
O Copom optou ainda por repetir exatamente o mesmo comunicado da reunião anterior. "Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", diz o texto do Copom.
Esse parece ser um claro sinal de que a autoridade prefere evitar ruídos de comunicação, em momento de forte volatilidade global, esperando mais dados sobre a economia brasileira antes de sinalizar qualquer alteração na sua tática para o combate à inflação. E o desempenho do varejo é uma dessas informações.
Vale lembrar que o próprio BC vem dizendo que um dos seus focos de atuação está nas expectativas para a alta dos preços e que esta, por sua vez, é, nas palavras do próprio Banco Central, dependente dos índices de inflação corrente - hoje em queda acentuada.
Na manhã desta quinta, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,16% na primeira quadrissemana de julho. O número representa uma alta menor em relação ao fechamento de junho, quando apresentou um avanço de 0,32%.
Os juros futuros domésticos também devem reagir ao dólar, que perde força ao redor do globo depois que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizou que a política altamente acomodatícia deve prosseguir no futuro próximo. As taxas das treasuries também recuam.