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Juros futuros abrem em leve baixa após Copom

Os juros futuros domésticos também devem reagir ao dólar, que perde força ao redor do globo

Às 9h39, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,42%, de 8,46% no ajuste de ontem (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 11h08.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram esta quinta-feira, 11, em leve queda entre os contratos mais curtos, em ajuste à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e aos dados fracos do varejo em maio, divulgados pelo IBGE.

O recuo é mais acentuado na parcela mais longa da curva a termo, em função da queda das Treasuries nos Estados Unidos após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizar na quarta-feira a manutenção da política monetária extremamente acomodatícia no futuro previsível. Dados ruins divulgados nos Estados Unidos acentuaram a tendência de baixa nos contratos mais dilatados.

Às 9h39, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,42%, de 8,46% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 oscilava para 8,77%, na máxima do dia, de 8,80% na véspera, enquanto o DI para janeiro de 2015 recuava para 9,49%, de 9,52% da véspera.

Na ponta longa, o contrato para janeiro de 2017, que tem forte correlação com as treasuries de 10 anos, caía para 10,72%, também na máxima, de 10,82% na quarta-feira.

As vendas do comércio varejista restrito ficaram estáveis em maio ante abril, dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (-1,80% a 0,90%) e acima da mediana (-0,30%).

Quanto ao varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, as vendas caíram 0,8% em maio ante abril, também dentro do intervalo das estimativas (-1,20% a 0,30%), mas abaixo da mediana (-0,63%).

O dado das vendas do varejo ganhou importância após a decisão de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8,50% ao ano, resultado amplamente esperado por investidores e analistas.


O Copom optou ainda por repetir exatamente o mesmo comunicado da reunião anterior. "Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", diz o texto do Copom.

Esse parece ser um claro sinal de que a autoridade prefere evitar ruídos de comunicação, em momento de forte volatilidade global, esperando mais dados sobre a economia brasileira antes de sinalizar qualquer alteração na sua tática para o combate à inflação. E o desempenho do varejo é uma dessas informações.

Vale lembrar que o próprio BC vem dizendo que um dos seus focos de atuação está nas expectativas para a alta dos preços e que esta, por sua vez, é, nas palavras do próprio Banco Central, dependente dos índices de inflação corrente - hoje em queda acentuada.

Na manhã desta quinta, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,16% na primeira quadrissemana de julho. O número representa uma alta menor em relação ao fechamento de junho, quando apresentou um avanço de 0,32%.

Os juros futuros domésticos também devem reagir ao dólar, que perde força ao redor do globo depois que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizou que a política altamente acomodatícia deve prosseguir no futuro próximo. As taxas das treasuries também recuam.

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São Paulo - Os juros futuros iniciaram esta quinta-feira, 11, em leve queda entre os contratos mais curtos, em ajuste à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e aos dados fracos do varejo em maio, divulgados pelo IBGE.

O recuo é mais acentuado na parcela mais longa da curva a termo, em função da queda das Treasuries nos Estados Unidos após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizar na quarta-feira a manutenção da política monetária extremamente acomodatícia no futuro previsível. Dados ruins divulgados nos Estados Unidos acentuaram a tendência de baixa nos contratos mais dilatados.

Às 9h39, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,42%, de 8,46% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 oscilava para 8,77%, na máxima do dia, de 8,80% na véspera, enquanto o DI para janeiro de 2015 recuava para 9,49%, de 9,52% da véspera.

Na ponta longa, o contrato para janeiro de 2017, que tem forte correlação com as treasuries de 10 anos, caía para 10,72%, também na máxima, de 10,82% na quarta-feira.

As vendas do comércio varejista restrito ficaram estáveis em maio ante abril, dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (-1,80% a 0,90%) e acima da mediana (-0,30%).

Quanto ao varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, as vendas caíram 0,8% em maio ante abril, também dentro do intervalo das estimativas (-1,20% a 0,30%), mas abaixo da mediana (-0,63%).

O dado das vendas do varejo ganhou importância após a decisão de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8,50% ao ano, resultado amplamente esperado por investidores e analistas.


O Copom optou ainda por repetir exatamente o mesmo comunicado da reunião anterior. "Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", diz o texto do Copom.

Esse parece ser um claro sinal de que a autoridade prefere evitar ruídos de comunicação, em momento de forte volatilidade global, esperando mais dados sobre a economia brasileira antes de sinalizar qualquer alteração na sua tática para o combate à inflação. E o desempenho do varejo é uma dessas informações.

Vale lembrar que o próprio BC vem dizendo que um dos seus focos de atuação está nas expectativas para a alta dos preços e que esta, por sua vez, é, nas palavras do próprio Banco Central, dependente dos índices de inflação corrente - hoje em queda acentuada.

Na manhã desta quinta, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,16% na primeira quadrissemana de julho. O número representa uma alta menor em relação ao fechamento de junho, quando apresentou um avanço de 0,32%.

Os juros futuros domésticos também devem reagir ao dólar, que perde força ao redor do globo depois que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizou que a política altamente acomodatícia deve prosseguir no futuro próximo. As taxas das treasuries também recuam.

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