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Juros fecham em alta com especulações sobre Fazenda

A aposta mais forte do mercado nesta tarde era o nome do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, embora não seja exatamente o que o investidor gostaria

Bolsas: as taxas curtas terminaram estáveis, tendo desacelerado o avanço somente no final dos negócios (seewhatmitchsee/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 18h19.

São Paulo - As incertezas sobre o cenário político, principalmente as relacionadas à possível saída do ministro da Fazenda , Joaquim Levy , e a seu eventual substituto, concentraram as atenções do mercado doméstico nesta sexta-feira, 18, e os juros futuros de longo prazo fecharam em alta.

As taxas curtas terminaram estáveis, tendo desacelerado o avanço somente no final dos negócios.

Outro argumento para o reforço de prêmios foi a vitória do governo no Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, que decidiu que o Senado pode barrar o processo de impeachment da presidente Dilma.

Na seara da economia, o IPCA-15 de dezembro, de 1,18%, veio acima da mediana das estimativas, o que ajudou a pressionar as taxas.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI julho de 2016 fechou em 15,135%, estável ante o ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 passou de 15,85% para 15,85%. O DI janeiro de 2021 subiu de 16,13% para 16,33%.

As taxas tiveram uma manhã de alta, mas os vencimentos curtos chegaram a perder força quando o dólar também desacelerava os ganhos ante o real, batendo mínimas.

Os longos contudo continuaram subindo ao longo do dia para atingir as máximas à tarde, no momento em que as especulações sobre quem poderia assumir a Fazenda no lugar de Levy ganharam força.

Nesta tarde, havia nas mesas de operações rumores sobre a possibilidade de o ex-ministro Ciro Gomes assumir a pasta, mas tanto ele quando o ministro da Casa Civil, Jacques Wanger, negaram que iriam para a Fazenda.

A aposta mais forte do mercado nesta tarde era o nome do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, embora não seja exatamente o que o investidor gostaria.

Barbosa é visto com alguém que tem afinidade com a presidente Dilma, dado o seu perfil mais desenvolvimentista.

Por isso, há preocupação em razão do risco de uma retomada da política heterodoxa que marcou o primeiro mandato.

Mesmo porque para mercado, com a decisão de ontem do STF, cresceram as chances de não haver impeachment da presidente.

Conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Levy quer se despedir ainda hoje da presidente Dilma e deixar o governo.

Com o fim do ano legislativo, o ministro considera que não faz mais sentido continuar à frente da Fazenda.

O risco do cenário político também faz a bolsa afundar e o dólar mostrar alta firme.

Às 16h48, o Ibovespa caía 3,13%, a R$ 43.846,52 pontos. O dólar à vista avançava 1,23%, a R$ 3,9417.

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São Paulo - As incertezas sobre o cenário político, principalmente as relacionadas à possível saída do ministro da Fazenda , Joaquim Levy , e a seu eventual substituto, concentraram as atenções do mercado doméstico nesta sexta-feira, 18, e os juros futuros de longo prazo fecharam em alta.

As taxas curtas terminaram estáveis, tendo desacelerado o avanço somente no final dos negócios.

Outro argumento para o reforço de prêmios foi a vitória do governo no Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, que decidiu que o Senado pode barrar o processo de impeachment da presidente Dilma.

Na seara da economia, o IPCA-15 de dezembro, de 1,18%, veio acima da mediana das estimativas, o que ajudou a pressionar as taxas.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI julho de 2016 fechou em 15,135%, estável ante o ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 passou de 15,85% para 15,85%. O DI janeiro de 2021 subiu de 16,13% para 16,33%.

As taxas tiveram uma manhã de alta, mas os vencimentos curtos chegaram a perder força quando o dólar também desacelerava os ganhos ante o real, batendo mínimas.

Os longos contudo continuaram subindo ao longo do dia para atingir as máximas à tarde, no momento em que as especulações sobre quem poderia assumir a Fazenda no lugar de Levy ganharam força.

Nesta tarde, havia nas mesas de operações rumores sobre a possibilidade de o ex-ministro Ciro Gomes assumir a pasta, mas tanto ele quando o ministro da Casa Civil, Jacques Wanger, negaram que iriam para a Fazenda.

A aposta mais forte do mercado nesta tarde era o nome do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, embora não seja exatamente o que o investidor gostaria.

Barbosa é visto com alguém que tem afinidade com a presidente Dilma, dado o seu perfil mais desenvolvimentista.

Por isso, há preocupação em razão do risco de uma retomada da política heterodoxa que marcou o primeiro mandato.

Mesmo porque para mercado, com a decisão de ontem do STF, cresceram as chances de não haver impeachment da presidente.

Conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Levy quer se despedir ainda hoje da presidente Dilma e deixar o governo.

Com o fim do ano legislativo, o ministro considera que não faz mais sentido continuar à frente da Fazenda.

O risco do cenário político também faz a bolsa afundar e o dólar mostrar alta firme.

Às 16h48, o Ibovespa caía 3,13%, a R$ 43.846,52 pontos. O dólar à vista avançava 1,23%, a R$ 3,9417.

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