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Juros abrem perto da estabilidade com IGP-DI

O IGP-DI subiu 0,66% em dezembro, após avanço de 0,25% em novembro, informou nesta manhã a Fundação Getulio Vargas

Às 9h45 (horário de Brasília), a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 estava em 7,13%, nivelada ao ajuste da sexta-feira (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 09h36.

São Paulo - A aceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) na passagem de novembro para dezembro e a piora das expectativas para índices de preços no boletim Focus, do Banco Central, favorecem um avanço das taxas futuras de juros nesta segunda-feira.

Porém, a revisão para baixo nas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 exerce pressão no sentido contrário. Além disso, o mercado de juros também monitora o exterior, onde há acomodação após a euforia da semana passada.

Às 9h45 (horário de Brasília), a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 estava em 7,13%, nivelada ao ajuste da sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 marcava 7,73%, ante 7,74% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 estava em 8,49%, estável, enquanto o DI para janeiro de 2021 marcava 9,16%, também estável.

O IGP-DI subiu 0,66% em dezembro, após avanço de 0,25% em novembro, informou nesta manhã a Fundação Getulio Vargas. O resultado ficou ligeiramente acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado ouvidos pela Agência Estado.

Eles esperavam taxa de 0,57% a 0,80% no mês passado (mediana de 0,65%). No acumulado de 2012, a inflação medida pelo índice ficou em 8,10%, em linha com a mediana das estimativas, que iam de 8,00% a 8,20%.


O boletim Focus, do Banco Central, por sua vez, trouxe revisões para cima das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,71% para 5,73% em 2012 e de 5,47% para 5,49% em 2013. O IGP-DI para 2013 subiu de 5,34% para 5,37%.

Para o economista-chefe da Planner Corretora, Eduardo Velho, "a piora das expectativas de inflação favorece uma recomposição de prêmios na curva a termo". "O viés é mais de alta do que de baixa, em função da persistência da inflação alta", diz, lembrando que o mercado estará atento a outros indicadores a serem revelados ao longo da semana, entre eles o IPCA de dezembro.

Já o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco espera que "o mercado doméstico de juros futuros deve observar fechamento ao longo dos vencimentos, em reação à continuidade das revisões baixistas para o PIB, segundo dados coletados pelo boletim Focus". Na pesquisa, a projeção de expansão do PIB em 2012 seguiu em 0,98% e em 2013 caiu de 3,30% para 3,26%. A projeção para a Selic no fim de 2013, por sua vez, seguiu em 7,25% ao ano. No exterior, os principais mercados financeiros realizam lucros, após a euforia nos primeiros dias de 2013 em reação ao desfecho que evitou o abismo fiscal nos EUA.

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São Paulo - A aceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) na passagem de novembro para dezembro e a piora das expectativas para índices de preços no boletim Focus, do Banco Central, favorecem um avanço das taxas futuras de juros nesta segunda-feira.

Porém, a revisão para baixo nas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 exerce pressão no sentido contrário. Além disso, o mercado de juros também monitora o exterior, onde há acomodação após a euforia da semana passada.

Às 9h45 (horário de Brasília), a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 estava em 7,13%, nivelada ao ajuste da sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 marcava 7,73%, ante 7,74% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 estava em 8,49%, estável, enquanto o DI para janeiro de 2021 marcava 9,16%, também estável.

O IGP-DI subiu 0,66% em dezembro, após avanço de 0,25% em novembro, informou nesta manhã a Fundação Getulio Vargas. O resultado ficou ligeiramente acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado ouvidos pela Agência Estado.

Eles esperavam taxa de 0,57% a 0,80% no mês passado (mediana de 0,65%). No acumulado de 2012, a inflação medida pelo índice ficou em 8,10%, em linha com a mediana das estimativas, que iam de 8,00% a 8,20%.


O boletim Focus, do Banco Central, por sua vez, trouxe revisões para cima das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,71% para 5,73% em 2012 e de 5,47% para 5,49% em 2013. O IGP-DI para 2013 subiu de 5,34% para 5,37%.

Para o economista-chefe da Planner Corretora, Eduardo Velho, "a piora das expectativas de inflação favorece uma recomposição de prêmios na curva a termo". "O viés é mais de alta do que de baixa, em função da persistência da inflação alta", diz, lembrando que o mercado estará atento a outros indicadores a serem revelados ao longo da semana, entre eles o IPCA de dezembro.

Já o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco espera que "o mercado doméstico de juros futuros deve observar fechamento ao longo dos vencimentos, em reação à continuidade das revisões baixistas para o PIB, segundo dados coletados pelo boletim Focus". Na pesquisa, a projeção de expansão do PIB em 2012 seguiu em 0,98% e em 2013 caiu de 3,30% para 3,26%. A projeção para a Selic no fim de 2013, por sua vez, seguiu em 7,25% ao ano. No exterior, os principais mercados financeiros realizam lucros, após a euforia nos primeiros dias de 2013 em reação ao desfecho que evitou o abismo fiscal nos EUA.

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