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Juro cede com o dólar em meio à especulação eleitoral

Especulações em torno das pesquisas eleitorais e do resultado do pleito de domingo voltaram a se sobrepor ao noticiário econômico, sobretudo internacional

Bovespa: ao término da negociação regular, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,99% (Yasuyoshi/AFP Photo)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 17h15.

São Paulo - As taxas futuras de juros oscilaram bastante na manhã desta sexta-feira, 3, mas firmaram-se em queda no período da tarde, mesmo movimento visto no dólar ante o real.

Tudo porque as especulações em torno das pesquisas eleitorais e do resultado do pleito de domingo voltaram a se sobrepor ao noticiário econômico, sobretudo internacional.

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Tanto que os juros domésticos fecharam na contramão dos yields dos Treasuries, assim como o dólar ante o real contrariou o movimento da divisa no exterior, onde os dados do payroll norte-americano realimentaram a percepção de que o Federal Reserve pode apertar sua política monetária antes do previsto.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (110.295 contratos) marcava 10,99%, de 11,00% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 (203.695 contratos) indicava mínima de 11,91%, de 12,03% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (261.725 contratos) apontava 12,12%, de 12,30% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (150.620 contratos) tinha taxa de 12,05%, de 12,32% ontem. O juro do T-note de 10 anos estava em 2,440% às 16h30, de 2,439% no fim da tarde de ontem. O dólar à vista no balcão teve recuo de 0,60%, a R$ 2,4730.

Os investidores começaram o dia divididos entre duas informações: a pesquisa eleitoral divulgada na noite de ontem e o payroll, conhecido logo cedo.

A economia norte-americana criou 248 mil postos de trabalho em setembro, no melhor resultado desde junho - acima da previsão de +215 mil vagas.

Os dados de agosto e de julho foram revisados para cima. Além disso, a taxa de desemprego nos EUA surpreendeu ao cair abaixo da marca de 6% pela primeira vez desde o início da crise financeira, para 5,9%, atingindo o menor nível desde julho de 2008.

Mas os dados acabaram, ao longo do dia, sendo sobrepostos pelos recentes números de pesquisas eleitorais, que trouxeram a leitura predominante de que haverá segundo turno e de que a ex-senadora Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) disputarão voto a voto a vaga para disputar a presidência com Dilma Rousseff (PT).

No começo da tarde, por exemplo, levantamento Sensus indicou que a presidente Dilma tem 37,3% no primeiro turno, Marina soma 22,5% e Aécio, 20,6%.

Como a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, Marina e Aécio estão empatados tecnicamente.

Na simulação de segundo turno em que Dilma enfrenta Marina, a candidata à reeleição aparece com 44% e a ex-ministra tem 37,6%. No embate entre Dilma e Aécio, a petista tem 45,8% e o tucano, 36,9%.

Entre os poucos indicadores do dia no Brasil, o índice PMI do setor de serviços subiu a 51,2 em setembro, de 49,2 em agosto, voltando a ficar acima do território que indica expansão da atividade, segundo o HSBC.

Com isso, o PMI composto, que engloba serviços e indústria, subiu a 50,6 no mês passado, de 49,6 em agosto, após cinco meses consecutivos de declínio.

O dado mostra que a atividade no segmento de serviços cresceu no ritmo mais rápido em três meses em contraste com a modesta contração no setor industrial.

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