Itaú investiu R$ 11,3 bi na compra de ações da Redecard
Com as aquisições, banco passou a deter 659.461.936 ações, equivalente a 98,0% de participação na companhia
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2012 às 10h25.
O Itaú Unibanco já investiu R$ 11,3 bilhões na compra de ações da Redecard, empresa que faz captura de transações e o credenciamento de lojistas para bandeiras de cartões, para fechar o seu capital na bolsa de valores. Com as aquisições, feitas desde 24 de setembro (dia do leilão) até o momento, o banco passou a deter 659.461.936 ações, equivalente a 98,0% de participação na companhia.
O fechamento de capital da Redecard gerou um ágio de R$ 9,979 bilhões no terceiro trimestre, informa o Itaú Unibanco em seu demonstrativo de resultados. Também gerou outros efeitos como impacto na margem financeira com clientes e na Net Interest Margin (NIM) com clientes a partir de 27 de setembro de 2012, data da liquidação financeira da operação. Isso porque, conforme o banco, a aquisição das ações da Redecard dos acionistas minoritários resultou em reduções de R$ 10,465 bilhões em títulos e valores mobiliários e do saldo de ativos sensíveis à variação de taxa de juros.
Consequentemente, o índice de eficiência do Itaú Unibanco também é impactado. "Nesse trimestre esse efeito é imaterial", explica o banco no demonstrativo de resultados, lembrando que, com a conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) das ações da Redecard, o banco terá menores despesas de participação minoritária desta subsidiária. A Redecard teve seu registro de companhia aberta cancelado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 18 de outubro. A expectativa do Itaú Unibanco é concluir a compra de 100% das ações até o fim deste ano.
Segundo demonstrativo de resultado da instituição, a Redecard continuará independente, "atuando em parceria com outros bancos, com maior flexibilidade na precificação e com sinergias originadas da integração". Além disso, considera que "o uso combinado das infraestruturas da Redecard e do Itaú Unibanco trará maior flexibilidade e agilidade às operações, tanto para os produtos de pagamentos oferecidos aos clientes, quanto para a oferta aos comerciantes", diz o documento.