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Da Redação
Publicado em 21 de março de 2011 às 16h41.
São Paulo – O efeito da concorrência criada após o final da exclusividade entre a Cielo e a Visa levou o Itaú BBA a reduzir o entusiasmo com as ações da empresa. O banco reduziu hoje o preço-alvo (dez/11) das ações ordinárias (CIEL3) de 19,70 para 17,50 reais.
Considerando o fechamento da última sexta-feira (18), o preço-alvo representa um potencial de valorização de 31,6%. A recomendação foi mantida em desempenho em linha com a média de mercado (market perform). No ano, os papéis acumulam uma alta de 4,7%.
“A redução no preço-alvo dos papéis tem o objetivo de ajustar a nossa avaliação frente ao impacto mais rápido do que o esperado da competição acirrada vista após o fim do acordo de exclusividade entre Cielo e Visa”, justificam Regina Longo Sanchez, Alexandre Spada e Thiago Bovolenta Batista.
O ambiente mais competitivo fez com que a empresa perdesse participação de mercado nos últimos meses. “Acreditamos ainda numa perda adicional de market share no curto prazo. Além disso, a taxa de desconto (o que a empresa cobra pela prestação de serviço sobre a venda no débito) ficará sob pressão nos próximos dois trimestres”.
De acordo com a previsão dos analistas, o mercado de cartões de pagamento deve expandir cerca de 20% em 2011, enquanto a Cielo apresentará crescimento de 14%. Esta tendência pode ser percebida no terceiro e quarto trimestres de 2010, quando o segmento de cartões cresceu em 24% e 18% na passagem anual, respectivamente. Nesta mesma base de comparação, a expansão da Cielo foi de 19% e 15%, respectivamente.
Para o Itaú BBA, atualmente, os múltiplos da empresa estão abaixo do patamar justo para o papel. “Mesmo assim, não achamos que seja o momento para que os múltiplos da Cielo tenham uma expansão, especialmente quando olhamos a relação preço/lucro para 2012 e 2013”.