Itália preocupa mercados; dólar sobe após ação do BC
São Paulo - O temor de que a Itália seja a bola da vez na crise fiscal da Europa minava o humor dos investidores globais nesta segunda-feira, afetando ainda os mercados domésticos, onde o dólar reagia a novas medidas do Banco Central para conter a queda da taxa de câmbio. A moeda norte-americana subia mais […]
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2011 às 13h22.
São Paulo - O temor de que a Itália seja a bola da vez na crise fiscal da Europa minava o humor dos investidores globais nesta segunda-feira, afetando ainda os mercados domésticos, onde o dólar reagia a novas medidas do Banco Central para conter a queda da taxa de câmbio.
A moeda norte-americana subia mais de 1 por cento contra o real, após na sexta-feira o BC determinar o recolhimento de um depósito compulsório sobre a posição vendida dos bancos que exceder 1 bilhão de dólares, ou que seja superior ao seu patrimônio de referência, o que for menor. Desde abril esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares [ID:nN1E76A06B].
O movimento da autoridade monetária se seguiu a um reforço nas compras de divisa estrangeira depois de o dólar recuar ao menor nível em 12 anos na semana passada.
A alta na cotação era reforçada pelo ambiente arisco no exterior, onde o dólar também subia ante uma cesta de divisas <.DXY>. Destaque negativo para o euro, que sucumbia por preocupações de que a crise de dívida no continente tenha atingido a Itália, terceira maior economia da zona do euro.
Após falar por telefone com o premiê da Itália, Silvio Berlusconi, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que Roma precisa demonstrar que está conduzindo as reformas fiscais necessárias para recuperar confiança. O custo de seguro da dívida da Itália atingiu recorde, com o prêmio dos títulos do país sobre os alemães alcançando o maior nível da história do euro.
O mercado teme que a Itália, que tem a maior relação dívida/PIB da zona do euro depois da Grécia, seja a próxima a ser arrastada para a crise. Se isso acontecer, o fundo de ajuda da Europa não teria recursos suficientes [ID:nN1E76A0IC].
Os players reagiam às preocupações se afastando de ativos considerados de maior risco, impondo queda a ações, commodities e moedas de maior rendimento.
As bolsas de valores em Nova York cediam mais de 1 por cento, movimento seguido de perto pelo Ibovespa, que mais cedo chegou a descer ao menor patamar em um ano.
No segmento de renda fixa, as taxas de DI mostravam discretas oscilações, sem dados relevantes que pudessem mexer com as expectativas dos agentes quanto ao atual ciclo monetário.
Na pauta do dia, o Focus mostrou que o mercado financeiro elevou a expectativa para a alta do IPCA deste ano de 6,15 por cento na semana passada para 6,31 por cento, enquanto a de 2012 passou de 5,10 para 5,20 por cento. O prognóstico para a Selic foi elevado de 12,50 para 12,75 por cento para este ano, enquanto para 2012 seguiu em 12,50 por cento [ID:nN1E76A05I].
A agenda interna contou ainda com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) teve declínio de 0,21 por cento na primeira prévia de julho, após queda de 0,09 por cento em igual período de junho [ID:nN1E76A03Z].
Veja a variação dos principais mercados nesta segunda-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,579 real, em alta de 0,89 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caía 1,59 por cento, para 60.533 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 1,8 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuava 2,73 por cento, a 34.562 pontos.
JUROS <0#2DIJ:> O DI janeiro de 2012 apontava 12,51 por cento ao ano, ante 12,50 por cento no ajuste anterior.
EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4026 dólar, ante 1,4267 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 136,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,709 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil subia 4 pontos, para 167 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 7 pontos, a 282 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> caía 1,08 por cento, a 12.520 pontos; o S&P 500 <.SPX> recuava 1,5 por cento, a 1.323 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> caía 1,63 por cento, a 2.813 pontos.
PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caía 1,50 dólar, ou 1,56 por cento, a 94,70 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,944 por cento ante 3,025 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por José de Castro; Edição de Silvio Cascione)
São Paulo - O temor de que a Itália seja a bola da vez na crise fiscal da Europa minava o humor dos investidores globais nesta segunda-feira, afetando ainda os mercados domésticos, onde o dólar reagia a novas medidas do Banco Central para conter a queda da taxa de câmbio.
A moeda norte-americana subia mais de 1 por cento contra o real, após na sexta-feira o BC determinar o recolhimento de um depósito compulsório sobre a posição vendida dos bancos que exceder 1 bilhão de dólares, ou que seja superior ao seu patrimônio de referência, o que for menor. Desde abril esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares [ID:nN1E76A06B].
O movimento da autoridade monetária se seguiu a um reforço nas compras de divisa estrangeira depois de o dólar recuar ao menor nível em 12 anos na semana passada.
A alta na cotação era reforçada pelo ambiente arisco no exterior, onde o dólar também subia ante uma cesta de divisas <.DXY>. Destaque negativo para o euro, que sucumbia por preocupações de que a crise de dívida no continente tenha atingido a Itália, terceira maior economia da zona do euro.
Após falar por telefone com o premiê da Itália, Silvio Berlusconi, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que Roma precisa demonstrar que está conduzindo as reformas fiscais necessárias para recuperar confiança. O custo de seguro da dívida da Itália atingiu recorde, com o prêmio dos títulos do país sobre os alemães alcançando o maior nível da história do euro.
O mercado teme que a Itália, que tem a maior relação dívida/PIB da zona do euro depois da Grécia, seja a próxima a ser arrastada para a crise. Se isso acontecer, o fundo de ajuda da Europa não teria recursos suficientes [ID:nN1E76A0IC].
Os players reagiam às preocupações se afastando de ativos considerados de maior risco, impondo queda a ações, commodities e moedas de maior rendimento.
As bolsas de valores em Nova York cediam mais de 1 por cento, movimento seguido de perto pelo Ibovespa, que mais cedo chegou a descer ao menor patamar em um ano.
No segmento de renda fixa, as taxas de DI mostravam discretas oscilações, sem dados relevantes que pudessem mexer com as expectativas dos agentes quanto ao atual ciclo monetário.
Na pauta do dia, o Focus mostrou que o mercado financeiro elevou a expectativa para a alta do IPCA deste ano de 6,15 por cento na semana passada para 6,31 por cento, enquanto a de 2012 passou de 5,10 para 5,20 por cento. O prognóstico para a Selic foi elevado de 12,50 para 12,75 por cento para este ano, enquanto para 2012 seguiu em 12,50 por cento [ID:nN1E76A05I].
A agenda interna contou ainda com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) teve declínio de 0,21 por cento na primeira prévia de julho, após queda de 0,09 por cento em igual período de junho [ID:nN1E76A03Z].
Veja a variação dos principais mercados nesta segunda-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,579 real, em alta de 0,89 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caía 1,59 por cento, para 60.533 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 1,8 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuava 2,73 por cento, a 34.562 pontos.
JUROS <0#2DIJ:> O DI janeiro de 2012 apontava 12,51 por cento ao ano, ante 12,50 por cento no ajuste anterior.
EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4026 dólar, ante 1,4267 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 136,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,709 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil subia 4 pontos, para 167 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 7 pontos, a 282 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> caía 1,08 por cento, a 12.520 pontos; o S&P 500 <.SPX> recuava 1,5 por cento, a 1.323 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> caía 1,63 por cento, a 2.813 pontos.
PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caía 1,50 dólar, ou 1,56 por cento, a 94,70 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,944 por cento ante 3,025 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por José de Castro; Edição de Silvio Cascione)