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IRB recua mais 16% após Squadra reiterar posição vendida em nova carta

Desde primeiro comunicado de gestora carioca, resseguradora acumula perdas de 20% na Bolsa

IRB Brasil: Squadra levanta dúvidas quanto à sustentabilidade de lucros de companhia de resseguros (IRB/Divulgação)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 14h14.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2020 às 19h25.

São Paulo - As ações da empresa de resseguros IRB Brasil fecharam em queda de 16,49% nesta segunda-feira (10), após a Squadra Investimentos publicar nova carta em que a reitera sua posição vendida (que visa obter lucro com a desvalorização do ativo). Desde domingo da semana passada (2), quando a gestora carioca divulgou a primeira carta justificando a medida, os papéis da IRB acumulam queda de pouco mais de 20%, considerando a cotação atual.

Segundo a Squadra, “há uma grande disparidade entre o preço e o valor nas ações da IRB Brasil”. “Encontramos indícios que apontam lucros normalizados (recorrentes) significativamente inferiores aos lucros contábeis reportados nas demonstrações financeiras da companhia”, afirmou a gestora em sua primeira carta.

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Desta vez, a Squadra voltou a ressaltar a existência de “ganhos ‘extraordinários’” classificados como recorrentes e rebateu as considerações da IRB sobre o estudo da Squadra. “Com base nas comunicações a que tivemos acesso, não houve apresentação de nova informação que nos fizesse alterar nosso entendimento”, pontuou a gestora em nova carta.

Embora levante dúvidas quanto à "sustentabilidade dos elevados níveis de retorno sobre o capital” obtidos pela IRB, a Squadra afirma não existir razões, legais ou regulatórias, para que os lucros sejam divulgados de modo diferente.

No balanço do terceiro trimestre de 2019, o último divulgado pela companhia, o lucro líquido da IRB foi de 329,5 milhões de reais – 29% acima do registrado no mesmo período de 2018. No ano passado, os papéis da resseguradora se valorizaram 43,67%.

Questionada sobre os pontos levantados pela Squadra, a IRB Brasil informou que não pode comentar devido ao período de silêncio, que se estende até o próximo dia 18 de fevereiro, quando a empresa irá publicar o balanço do quarto trimestre de 2019.

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