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IPOs: cadê os investidores?

Nos últimos 12 meses o Ibovespa subiu 60%, e os papéis de companhias como a estatal Petrobras e a mineradora Vale triplicaram de valor. O momento pode ser de euforia para quem está na bolsa, mas, para quem anseia entrar nela, as coisas não estão tão fáceis. Até aqui, nenhuma abertura de capital saiu como […]

IPOs: novatas decepcionam na bolsa, o que levanta a dúvida – há interesse pelas novas empresas? / Germano Lüders

IPOs: novatas decepcionam na bolsa, o que levanta a dúvida – há interesse pelas novas empresas? / Germano Lüders

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 20h28.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.

Nos últimos 12 meses o Ibovespa subiu 60%, e os papéis de companhias como a estatal Petrobras e a mineradora Vale triplicaram de valor. O momento pode ser de euforia para quem está na bolsa, mas, para quem anseia entrar nela, as coisas não estão tão fáceis. Até aqui, nenhuma abertura de capital saiu como o planejado desde o ano passado. Nesta sexta-feira a esperança está com a locadora de veículos Unidas, que deve fechar o preço de oferta de suas ações. As notícias não são muito animadoras: durante a semana analistas disseram que o preço exigido pela companhia estava muito alto.

Para especialistas, expectativas fora da realidade são um problema comum nas tentativas de IPOs. “Muitas empresas têm colocado seus preços com base em expectativas de lucros maiores no futuro. Não acho que as empresas são ruins, mas os valores pedidos são superestimados”, diz um analista.

Essa seria a principal explicação para casos como o da empresa de diagnósticos Alliar, que já perdeu 30% do valor de suas ações após ser a única a arriscar uma oferta inicial de ações no ano passado. Esse também é a explicação do fracasso do IPO da construtora Tenda – que acabou desistindo; é também o que levou a locadora de veículos Movida a reduzir o preço inicialmente pedido, em IPO feito esta semana.

Apesar disso, investidores ressaltam que há sim um interesse por novas empresas. Um caso bem sucedido é o da companhia de saneamento do Paraná, Sanepar, que fez um “re-IPO” em dezembro do ano passado e cujas ações já subiram quase 40% desde então.

O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse nesta semana que ofertas iniciais e subsequentes de ações devem somar 25 bilhões de reais neste ano e que há 17 empresas na fila para pedir registro de companhia aberta. “Não há um país forte sem um mercado de capitais forte. O crescimento futuro das empresas brasileiras vai passar por essa bolsa”, disse, durante cerimônia de IPO da Movida. Só falta saber quem irá bancar.

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