Mercados

IPO da Azul vai financiar expansão e sanar dívidas

A Azul, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO)

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 16h57.

São Paulo - A Azul, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

A oferta incluirá um lote primário, de ações novas, e um lote secundário, de títulos detidos por atuais acionistas. O Santander será o coordenador líder da operação, que contará com Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e BB Investimentos.

A empresa, que diz ter 29,3 % do mercado brasileiro de aviação civil, vai se listar no Nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa. A oferta ocorrerá simultaneamente no Brasil e no exterior, com a venda de ações preferenciais e recibos de ações (ADRs).

Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota, crescimento do número de rotas e reforço do capital de giro.

Segundo prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, os recursos também serão usados para pagar empréstimos contraídos com a companhia Bozano, acionista da empresa, e para pagar o arrendamento de cinco aeronaves.

A extensa lista de acionistas vendedores na oferta secundária inclui diversas classes do fundo Saleb, a Bozano Holdings e os acionistas individuais Regis da Silva Brito, Miguel Dau e João Carlos Fernandes, entre outros.

Fundada em 2008 pelo empresário David Neeleman, a Azul completou uma fusão com a Trip no final de maio do ano passado.

No documento divulgado nesta segunda-feira, a companhia informa ter fechado 2012 com receita líquida consolidada de 2,7 bilhões de reais ou 4,1 bilhões de reais em base pro forma, considerando as operações da Trip.

Em 2012, a empresa teve prejuízo de 170,8 milhões de reais; considerando a Trip, o prejuízo foi de 383,8 milhões de reais.

O valor da oferta ainda não foi divulgado, mas é estimado em cerca de 1 bilhão de reais pelo IFR, serviço da Thomson Reuters. (Por Natalia Gómez; Edição de Aluísio Alves)

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAzulcompanhias-aereasEmpresasIPOsMercado financeiroSetor de transporte

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"