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IPCA-15 faz juros futuros subirem acima do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,68% neste mês

Às 9h58, na BM&FBovespa, o contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 projetava taxa de 7,23% (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 10h48.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sexta-feira em alta, mais acentuada entre os contratos com vencimento no curto prazo, em reação à prévia da inflação oficial de fevereiro acima da mediana das estimativas.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,68% neste mês, conforme divulgado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções iam de +0,53% a +0,73%, com mediana de 0,61%.

"O número (0,68%) ficou acima da mediana esperada e a aceleração do grupo Alimentação reduziu o impacto positivo da queda das tarifas de energia elétrica no índice", explicou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno.

Ele ressaltou que, apesar da desaceleração na margem (de 0,86% do IPCA fechado de janeiro para 0,68% agora), a inflação continua a preocupar e "o IPCA-15 evidencia que a estratégia do governo de reduzir a inflação através de cortes de impostos não surte efeito já que a alta de preços está cada vez mais disseminada".

As taxas futuras com vencimento no curto prazo refletem o reforço nas apostas de que o Banco Central possa reagir no curto prazo, com uma elevação da Selic. Já as com vencimento no longo prazo sobem menos porque, domada a inflação, a necessidade de ajuste à frente seria menor, ainda de acordo com o estrategista-chefe do banco WestLB.

Na noite de quinta-feira (21), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou o discurso de que os níveis de preços no Brasil têm mostrado resistência nos últimos meses, mas devem recuar no segundo semestre, ficando dentro da meta pelo décimo ano consecutivo em 2013.


Em palestra a estudantes da Universidade de Illinois, nos EUA, Tombini não deu qualquer sinalização para a Selic, ao contrário da inflação.

Às 9h58, na BM&FBovespa, o contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 projetava taxa de 7,23%, de 7,18% no ajuste anterior; o contrato para janeiro de 2014 apontava 7,73%, de 7,67%; o DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 8,41%, de 8,36% na véspera e o DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 8,88%, de 8,86%.

Entre os vencimentos mais longos, o DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,14%, de 9,12% no ajuste da véspera e o contrato para janeiro de 2021 tinha taxa de 9,66%, de 9,65% no ajuste anterior.

A agenda econômica brasileira reserva, ainda, às 10h30, a publicação da nota do setor externo, pelo Banco Central. À tarde, às 14h30, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informa os números de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que devem mostrar desde uma criação de 30 mil postos de trabalho a 102,4 mil vagas (mediana de 50 mil).

Em dois horários distintos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informa a sondagem industrial (11 horas) e a sondagem da construção civil (14h30).

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São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sexta-feira em alta, mais acentuada entre os contratos com vencimento no curto prazo, em reação à prévia da inflação oficial de fevereiro acima da mediana das estimativas.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,68% neste mês, conforme divulgado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções iam de +0,53% a +0,73%, com mediana de 0,61%.

"O número (0,68%) ficou acima da mediana esperada e a aceleração do grupo Alimentação reduziu o impacto positivo da queda das tarifas de energia elétrica no índice", explicou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno.

Ele ressaltou que, apesar da desaceleração na margem (de 0,86% do IPCA fechado de janeiro para 0,68% agora), a inflação continua a preocupar e "o IPCA-15 evidencia que a estratégia do governo de reduzir a inflação através de cortes de impostos não surte efeito já que a alta de preços está cada vez mais disseminada".

As taxas futuras com vencimento no curto prazo refletem o reforço nas apostas de que o Banco Central possa reagir no curto prazo, com uma elevação da Selic. Já as com vencimento no longo prazo sobem menos porque, domada a inflação, a necessidade de ajuste à frente seria menor, ainda de acordo com o estrategista-chefe do banco WestLB.

Na noite de quinta-feira (21), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou o discurso de que os níveis de preços no Brasil têm mostrado resistência nos últimos meses, mas devem recuar no segundo semestre, ficando dentro da meta pelo décimo ano consecutivo em 2013.


Em palestra a estudantes da Universidade de Illinois, nos EUA, Tombini não deu qualquer sinalização para a Selic, ao contrário da inflação.

Às 9h58, na BM&FBovespa, o contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 projetava taxa de 7,23%, de 7,18% no ajuste anterior; o contrato para janeiro de 2014 apontava 7,73%, de 7,67%; o DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 8,41%, de 8,36% na véspera e o DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 8,88%, de 8,86%.

Entre os vencimentos mais longos, o DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,14%, de 9,12% no ajuste da véspera e o contrato para janeiro de 2021 tinha taxa de 9,66%, de 9,65% no ajuste anterior.

A agenda econômica brasileira reserva, ainda, às 10h30, a publicação da nota do setor externo, pelo Banco Central. À tarde, às 14h30, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informa os números de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que devem mostrar desde uma criação de 30 mil postos de trabalho a 102,4 mil vagas (mediana de 50 mil).

Em dois horários distintos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informa a sondagem industrial (11 horas) e a sondagem da construção civil (14h30).

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