Bovespa fecha com a maior alta em 5 meses
Ibovespa encerrou o pregão em alta de 3,12%, a 48.928 pontos, com giro financeiro de 7,6 bilhões de reais
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 18h53.
São Paulo - Investidores foram às compras nesta quinta-feira, levando o principal índice da Bovespa subir mais de 3 por cento, com volume financeiro acima da média, em meio a dados favoráveis do comércio exterior da China e balanços corporativos locais.
O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 3,12 por cento, a 48.928 pontos, maior avanço desde 6 de março de 2013. O giro financeiro foi de 7,6 bilhões de reais.
"A bolsa está se recompondo depois das quedas recentes e do tombo de 2,09 por cento na terça-feira", afirmou o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.
Das 71 ações que compõem o índice, apenas cinco recuaram.
Mesmo com a alta, o Ibovespa voltou apenas a um patamar próximo em que estava no fim de julho. Desde então, o índice recuou em seis das últimas oito sessões em meio ao pessimismo com a economia doméstica.
Pela manhã, dados mostraram que as exportações da China cresceram 5,1 por cento em julho na comparação anual, enquanto as importações aumentaram 10,9 por cento.
Analistas esperavam alta de 3 por cento nos embarques e de 2,1 por cento nas importações. Os dados da China beneficiaram as ações de mineradoras globais, inclusive as da Vale, principal fator de alta no índice.
Na véspera, a mineradora divulgou que seu lucro líquido despencou no segundo trimestre, refletindo perdas contábeis bilionárias por conta do efeito da valorização do dólar na sua dívida.
Em relatório, analistas do Morgan Stanley afirmaram ver uma oportunidade de compra no curto prazo para os papéis. "A ação está sendo negociada(...) cerca de 20 por cento abaixo de sua média histórica e já leva em conta a combinação negativa dos royalties da mineração, litígios ligados a tributos e preços baixos do minério de ferro." Outro balanço que animou o mercado foi o da Eletropaulo, depois que a companhia elétrica divulgou lucro de segundo trimestre mais que cinco vezes maior que o registrado um ano antes.
Petrobras também subiu, após a empresa ter anunciado na véspera uma descoberta no pré-sal da bacia de Santos.
Foram destaque de alta ainda os papéis de construtoras, lideradas por Brookfield.
Estrangeiros
Segundo analistas, as compras feitas por estrangeiros foi um fator determinante na alta da bolsa nesta quinta. As últimas sessões têm sido marcadas pela zeragem de posições vendidas em índice por parte desses investidores.
"Eles estão percebendo que estávamos no fundo do poço e não tem mais espaço para cair", afirmou o operador de renda variável Dionatan Severo, da Quantitas Asset Management.
Segundo o operador, os contratos vendidos em índice de estrangeiros passaram de 90 mil em meados de julho para 40 mil no último dia útil do mês passado e para 6 mil na quarta-feira.
No mercado à vista, o saldo externo estava positivo em 99 milhões em agosto até o dia 6, segundo dados da bolsa paulista.
"O pessoal está trazendo recursos para investir com a oportunidade que temos: preços de bolsa próximos de 2008 e o câmbio alto", afirmou o analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora.
Atualizado às 18h51min
São Paulo - Investidores foram às compras nesta quinta-feira, levando o principal índice da Bovespa subir mais de 3 por cento, com volume financeiro acima da média, em meio a dados favoráveis do comércio exterior da China e balanços corporativos locais.
O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 3,12 por cento, a 48.928 pontos, maior avanço desde 6 de março de 2013. O giro financeiro foi de 7,6 bilhões de reais.
"A bolsa está se recompondo depois das quedas recentes e do tombo de 2,09 por cento na terça-feira", afirmou o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.
Das 71 ações que compõem o índice, apenas cinco recuaram.
Mesmo com a alta, o Ibovespa voltou apenas a um patamar próximo em que estava no fim de julho. Desde então, o índice recuou em seis das últimas oito sessões em meio ao pessimismo com a economia doméstica.
Pela manhã, dados mostraram que as exportações da China cresceram 5,1 por cento em julho na comparação anual, enquanto as importações aumentaram 10,9 por cento.
Analistas esperavam alta de 3 por cento nos embarques e de 2,1 por cento nas importações. Os dados da China beneficiaram as ações de mineradoras globais, inclusive as da Vale, principal fator de alta no índice.
Na véspera, a mineradora divulgou que seu lucro líquido despencou no segundo trimestre, refletindo perdas contábeis bilionárias por conta do efeito da valorização do dólar na sua dívida.
Em relatório, analistas do Morgan Stanley afirmaram ver uma oportunidade de compra no curto prazo para os papéis. "A ação está sendo negociada(...) cerca de 20 por cento abaixo de sua média histórica e já leva em conta a combinação negativa dos royalties da mineração, litígios ligados a tributos e preços baixos do minério de ferro." Outro balanço que animou o mercado foi o da Eletropaulo, depois que a companhia elétrica divulgou lucro de segundo trimestre mais que cinco vezes maior que o registrado um ano antes.
Petrobras também subiu, após a empresa ter anunciado na véspera uma descoberta no pré-sal da bacia de Santos.
Foram destaque de alta ainda os papéis de construtoras, lideradas por Brookfield.
Estrangeiros
Segundo analistas, as compras feitas por estrangeiros foi um fator determinante na alta da bolsa nesta quinta. As últimas sessões têm sido marcadas pela zeragem de posições vendidas em índice por parte desses investidores.
"Eles estão percebendo que estávamos no fundo do poço e não tem mais espaço para cair", afirmou o operador de renda variável Dionatan Severo, da Quantitas Asset Management.
Segundo o operador, os contratos vendidos em índice de estrangeiros passaram de 90 mil em meados de julho para 40 mil no último dia útil do mês passado e para 6 mil na quarta-feira.
No mercado à vista, o saldo externo estava positivo em 99 milhões em agosto até o dia 6, segundo dados da bolsa paulista.
"O pessoal está trazendo recursos para investir com a oportunidade que temos: preços de bolsa próximos de 2008 e o câmbio alto", afirmou o analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora.
Atualizado às 18h51min