Investidor está mais seletivo, diz Alfredo Setubal
Executivo do Itaú acredita que menor crescimento da economia, denúncias de corrupção e problemas na Europa fazem operadores ficarem menos tranquilos
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2011 às 15h49.
São Paulo - "O Brasil saiu um pouco de moda na bolsa", disse o vice-presidente executivo e de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, Alfredo Egydio Setubal. Segundo ele, um conjunto de fatores tem gerado intranquilidade nos investidores estrangeiros, que estão mais seletivos.
Entre esses fatores, o executivo do Itaú cita as projeções de menor crescimento da economia, as denúncias de corrupção em Brasília e ainda os problemas na Europa com a crise na Grécia. O Itaú projetava expansão da economia brasileira de cerca de 4% este ano e agora mudou para 3,5%. Sobre a Europa, Setubal disse que o Itaú tem uma exposição "muito pequena" com papéis da Espanha e tem zero na Grécia.
No Brasil, ele avalia que, com o aumento dos juros para conter a inflação, as taxas de inadimplência ainda devem subir um pouco mais. "Os bancos estão muito cautelosos. O aumento de inadimplência que o Banco Central divulga agora é reflexo dos empréstimos dos bancos feitos há seis, sete meses", disse ele. Por isso, após uma alta nos próximos meses, o índice de calotes deve começar a cair, refletindo a postura cautelosa mais recente no crédito pelos bancos.
Setubal não vê espaço para consolidação entre grandes bancos. Já entre os médios, ele espera que novas operações ocorram. "O governo quer bancos fortes", disse à imprensa pouco antes de fazer palestra no 13º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercados de Capitais, promovido pelo Ibri (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pela Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas).
São Paulo - "O Brasil saiu um pouco de moda na bolsa", disse o vice-presidente executivo e de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, Alfredo Egydio Setubal. Segundo ele, um conjunto de fatores tem gerado intranquilidade nos investidores estrangeiros, que estão mais seletivos.
Entre esses fatores, o executivo do Itaú cita as projeções de menor crescimento da economia, as denúncias de corrupção em Brasília e ainda os problemas na Europa com a crise na Grécia. O Itaú projetava expansão da economia brasileira de cerca de 4% este ano e agora mudou para 3,5%. Sobre a Europa, Setubal disse que o Itaú tem uma exposição "muito pequena" com papéis da Espanha e tem zero na Grécia.
No Brasil, ele avalia que, com o aumento dos juros para conter a inflação, as taxas de inadimplência ainda devem subir um pouco mais. "Os bancos estão muito cautelosos. O aumento de inadimplência que o Banco Central divulga agora é reflexo dos empréstimos dos bancos feitos há seis, sete meses", disse ele. Por isso, após uma alta nos próximos meses, o índice de calotes deve começar a cair, refletindo a postura cautelosa mais recente no crédito pelos bancos.
Setubal não vê espaço para consolidação entre grandes bancos. Já entre os médios, ele espera que novas operações ocorram. "O governo quer bancos fortes", disse à imprensa pouco antes de fazer palestra no 13º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercados de Capitais, promovido pelo Ibri (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pela Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas).