Bolsa de Nova York: às 11h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro caia 0,22%, o Nasdaq perdia 0,30% e o S&P 500 tinha baixa de 0,26% (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 13h05.
Nova York - As bolsas norte-americanas devem ter uma realização de lucros nesta segunda-feira, de acordo com a sinalização dos índices futuros.
Em uma semana que promete ser agitada nos Estados Unidos, principalmente por causa do anúncio de indicadores do mercado de trabalho, os negócios nesta segunda-feira, dia sem indicadores relevantes previstos para divulgação, começam influenciados pela China.
Às 11h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro caia 0,22%, o Nasdaq perdia 0,30% e o S&P 500 tinha baixa de 0,26%.
Na China, o governo tomou medidas para controlar a alta do preço dos imóveis que repercutem negativamente nas mesas de operação em Wall Street, contribuindo para a queda dos índices no mercado futuro. No mercado chinês, as bolsas tiveram a maior queda diária desde agosto de 2011.
Ainda no cenário externo, Wall Street também tem a expectativa da reunião dos ministros de finanças da zona do euro, nesta segunda-feira em Bruxelas, prevista para começar às 11h (de Brasília). "Aparentemente, o pior da tempestade já passou na região, mas o céu ainda não está azul", destaca em um e-mail a clientes a gestora Standard Life Investments, ao comentar as perspectivas para a Europa.
Nos EUA, a principal discussão interna ao longo do final de semana e pela manhã desta segunda-feira continua sendo o corte automático de gastos públicos, que entrou em vigor na última sexta-feira (01).
Os estrategistas do Bank of America Merrill Lynch, Joshua Dennerlein e Ethan Harris não preveem impacto imediato desses cortes de gastos na economia.
Em um relatório a clientes, eles avaliam que alguns programas do governo têm um orçamento em excesso e, por isso, o corte pode ter impacto menor que o esperado na redução de despesas públicas. Dos US$ 85 bilhões de redução no orçamentos após a entrada em vigor dos cortes automáticos, eles preveem que US$ 50 bilhões vão se traduzir efetivamente em redução de gastos públicos.
Em uma semana durante a qual devem ser divulgados os mais esperados indicadores de emprego, sobretudo o relatório do mercado de (payrolls), na sexta-feira, e dados de produtividade, alguns relatórios de economistas, como o da Zacks Investment Research, comentam que se os números do mercado de trabalho vierem bons, o Dow Jones e o S&P 500 podem finalmente bater os esperados recordes históricos nesta semana.
No noticiário corporativo, o Citibank, terceiro maior banco dos EUA em ativos, volta ao centro das atenções após fechar sua unidade de fusões e aquisições no Oriente Médio. O banco anunciou no final do ano passado que pretende cortar 11 mil postos de trabalho e sair ou reduzir exposição em alguns mercados. No pré-mercado, o papel do Citi recuava 0,33%.
Na agenda empresarial, o executivo-chefe da Alcoa, Klaus Kleinfeld, participa de uma conversa com economistas na consultoria Conference Board, às 14h (de Brasília). Ele vai falar das perspectivas para a economia norte-americana.