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Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h55.
São Paulo – O murmurinho do mercado com as ações da OGX (OGXP3) continuava nesta terça-feira e fazia com que as ações disparassem 43% na máxima, negociadas ao patamar de 0,33 centavos de real e movimentando 40 milhões de reais.
Com a sequência de más notícias, que levou o papel a valer menos de 1 real na Bovespa, a petrolífera de Eike Batista ganha cada vez mais uma característica puramente especulativa entre os investidores.
Após a grande farra com o aluguel de ações, quando o mercado chegou a pagar 100% ao ano de taxa no auge de sua procura, os investidores se debruçam, agora, no que pode ser chamado de desfecho, ou até mesmo recomeço da OGX. O termo vai depender do resultado da reunião entre Eike Batista e seus credores.
Pelo fato de o valor de face dos papéis estar cotado em centavos, qualquer movimentação de preço já provoca uma significativa variação percentual. A companhia, que não tem recursos em caixa e tampouco uma perspectiva positiva, ainda assim, acumula uma alta de 57% nesta semana - valor que pode mudar bruscamente a qualquer momento.
A OGX é a segunda empresa que mais perdeu valor de mercado na Bovespa em 2013. De acordo com dados da Economatica, o valor de mercado da empresa no início do ano era de 14,2 bilhões de reais. Atualmente, este número gira em torno e 680 milhões de reais.
Fim da novela?
Os executivos que trabalham para Eike estão em Nova York desde a semana passada para evitar uma recuperação judicial da OGX. De acordo com uma recente reportagem do Valor Econômico, o ex-bilionário deve viajar aos Estados Unidos para que um possível acordo entre ele e os credores seja finalmente concluído.
Em relatório do Goldman Sachs assinado por Bruno Pascon, Felipe Mattar, Sergio Conti e Thiago Auzier, uma das condições para que a história tenha final feliz é o perdão de, pelo menos, 50% da dívida da OGX. Enquanto nada é definido, os investidores vão tirando leite de pedra com os papéis da petrolífera.