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Inflação americana, debêntures da CCR, oferta da Eneva e o que mais move o mercado

Bolsas e câmbio andam de lado, com investidores à espera do Índice de Preço ao Consumidor dos Estados Unidos

Inflação americana: economistas projetam alta para 8,8% (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de julho de 2022 às 07h24.

Última atualização em 13 de julho de 2022 às 16h34.

Os principais indicadores do mercado internacional operam sem direções definidas na manhã desta quarta-feira, 13, enquanto investidores seguem à espera da divulgação do Índice de Preço ao Consumidor americano ( CPI, na sigla em inglês) de junho, prevista para às 9h30. O dado é o mais aguardado das últimas semanas e pode dar indícios sobre a necessidade de o Federal Reserve intensificar o aperto das condições financeiras.

Apostas de uma nova aceleração no ritmo de elevação de juros de 0,75 ponto percentual (p.p.) para 1 p.p. ganharam força desde que os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos saíram acima do esperado na semana passada.

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A expectativa para os dados desta quarta é de que o CPI de junho salte 1,1% na comparação mensal e acelere de 8,6% para 8,8% no acumulado de 12 meses. Para parte dos economistas, este poderá ser o pico, com a inflação americana passando a desacelerar. Por outro lado, os últimos dados mostraram que o espaço para surpresas continua grande. O CPI superou as estimativas em 11 das últimas 15 divulgações, sendo que a última vez que a inflação anual saiu abaixo das projeções foi em janeiro de 2021.

Uma nova surpresa para cima na divulgação de hoje pode alimentar ainda mais os movimentos de mercado que se estendem desde o início do ano, com bolsas em queda e dólar em alta.

No mercado brasileiro, onde o ajuste monetário está mais próximo do fim e a inflação já beira 12%, crescem as expectativas de que o pior já tenha ficado para trás. Parte do maior otimismo se traduziu no boletim Focus, que voltou a ser divulgado na segunda-feira, 11, com melhora de estimativas para o PIB e inflação. Ações mais ligadas à economia local, como as varejistas, dispararam no último pregão e fecharam entre as maiores altas do Ibovespa.

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

Emissão de debêntures da CCR

A CCR (CCRO3) protocolou o pedido de oferta pública secundária de 700.000 de debêntures da segunda séria da 16ª emissão de debêntures. A oferta representará a venda de parte das debêntures da CCR detidas pelo bancos BTG Pactual, Bradesco Itaú, Safra, Santander e pelo fundo Santander Hermes Renda Fixa Fundo Incentivado de Investimento em Infraestrutura. BTG e Bradesco serão os maiores vendedores, com a oferta de 175.000 debêntures cada. O preço de referência é de R$ 1.000 por debênture, o que totalizaria a oferta em R$ 700 milhões. O preço máximo foi estabelecido em R$ 1.300 por debênture.

Ofertas da Eneva

A Eneva (ENEV3) espera levantar R$ 2,04 bilhões com emissão de debêntures. A oferta ocorreu simultaneamente ao follow-on de R$ 4,2 bilhões, com a emissão 300 milhões de ações precificadas a R$ 14 reais. A companhia informou que o dinheiro arrecadado será utilizado nos projetos Itaqui, Pecém II, Parnaíba IV e no UTE Jaquatirica II. O montante total levantado equivale à compra da Celse (Centrais Elétricas de Sergipe), anunciada há pouco mais de um mês, por R$ 6,1 bilhões.

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