São Paulo- A bolsa brasileira operava em alta nesta segunda-feira, em uma sessão tipicamente volátil por conta do exercício de opções sobre ações. Às 11h53, o Ibovespa avançava 0,9 por cento, a 63.805 pontos, e se afastava das mínimas em 10 meses. O giro financeiro do pregão era de 2,87 bilhões de reais.

O destaque do vencimento de opções até agora era OGX , com alta de 1,9 por cento, a 14,48 reais. O papel tinha o segundo maior volume do índice e se recuperava da queda de cerca de 30 por cento em um pouco mais de um mês, reflexo da frustração do mercado com um relatório sobre as reservas de petróleo da empresa de Eike Batista.

"Toda a vez é a mesma coisa, guerra entre os vendidos e comprados nos pontos de exercício dos papéis", disse Leonardo Bardese, operador da corretora BGC Liquidez, que destacou, além de OGX, a alta das ações da Petrobras .

A estatal, que divulgou balanço financeiro na sexta-feira, subia 2,8 por cento, a 24,18 reais.

A equipe do Banco Fator avaliou que a ação é mais influenciada pelo exercício de opções do que pelo lucro do primeiro trimestre, e destacou o impacto positivo da apreciação cambial sobre os passivos em dólar, de quase 3 bilhões de reais.

O lucro da Petrobras no primeiro trimestre do ano foi além das expectativas e atingiu 10,98 bilhões de reais, alta de 42 por cento em relação ao registrado há um ano.

Vale PN também subia, com variação de 1 por cento, a 42,71 reais. A alta, porém, era insuficiente para reabilitar a opção de compra de ações da mineradora com exercício a 43,48 reais, a mais negociada na sexta-feira e uma das mais movimentadas ainda nesta sessão.

No mercado internacional, as bolsas norte-americanas operavam sem muito vigor e o mercado seguia atento aos desdobramentos da crise da dívida na Europa e à questão orçamentária dos Estados Unidos.

Entre os balanços corporativos, a Light divulgou lucro de 166,3 milhões de reais no primeiro trimestre, ante 224,8 milhões de reais um ano antes. A ação tinha alta de 4,2 por cento, a 29,59 reais.

"Mesmo com o desempenho forte da ação (alta de 29 por cento) desde que elevamos a Light para 'outperform' (acima da média de mercado), em 1o de novembro de 2010, continuamos convencidos de que a empresa vai continuar a ter um comportamento superior ao de suas concorrentes e ao do índice Ibovespa", afirmaram os analistas Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi, da Itaú Corretora.

Fora do índice, as ações da Energias do Brasil caíam 5,6 por cento, a 37,85 reais, após sua controladora, a Energias de Portugal (EDP) , anunciar que dará início aos preparativos para eventual venda de uma fatia na subsidiária brasileira. [ID:nN16278101] (Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Daniela Machado)