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Índice mergulha mais de 2% com saída britânica da UE

Com isso, investidores se voltavam para ativos considerados mais seguros e realizavam ajustes após os últimos pregões

Bovespa: Às 10h56, o Ibovespa recuava 2,4 por cento, a 50.341 pontos (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 11h16.

São Paulo - A Bovespa caía mais de 2 por cento na manhã desta sexta-feira, pressionada principalmente por ações ligadas a commodities, com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia surpreendendo os mercados ao redor do mundo, que estavam se preparando nos últimos dias para uma escolha pela permanência.

Às 10h56, o Ibovespa recuava 2,4 por cento, a 50.341 pontos. O giro financeiro era de 1,64 bilhão de reais.

Com isso, investidores se voltavam para ativos considerados mais seguros e realizavam ajustes após os últimos pregões -- a Bovespa subiu quase 3 por cento na véspera com o mercado apostando em uma manutenção britânica na UE.

Para além do Reino Unido, a preocupação era sobre o futuro do bloco econômico, com possível fortalecimento do separatismo em outros países.

O principal índice acionário europeu FTSEurofirst 300 recuava 5,23 por cento e, nos Estados Unidos, o S&P 500 perdia 2,3 por cento.

De acordo com o economista-chefe do Modalmais, Álvaro Bandeira, os impactos negativos para o Brasil são vários, uma vez que a instabilidade afeta preços de commodities, o câmbio, dificulta investimentos externos diretos e a tomada de empréstimos.

Com isso, a atenção se volta para qual será a ação de bancos centrais para tentar dar equilíbrio ao mercado. "Se os BCs tiverem uma ação coordenada e atuação de maior prudência, dando liquidez, pode ser que a situação se acalme", disse Bandeira.

A avaliação também é de que o Federal Reserve tende a postergar uma alta do juro.

Contudo, parte do mercado já relativizava o impacto do resultado do referendo nos próximos dias.

"Embora a decisão da votação deva pesar em preços de ativos de mercados emergentes ao longo dos próximos dias, o impacto econômico direto no mundo emergente deve ser menor do que muitos temem", disse a consultoria Capital Economics em relatório.

O HSBC afirmou que, uma vez que a poeira baixe, a decisão não deve ter um impacto continuado, ao menos para regiões fora da Europa central e oriental.

A notícia deixava o restante do noticiário doméstico em segundo plano.

Destaques

PETROBRAS perdia 5 por cento nas preferenciais e nas ordinárias, em meio à forte baixa do preço do petróleo por conta da decisão do Reino Unido.

Além disso, a estatal informou na quinta-feira que o Petros, seu fundo de pensão, fechou 2015 com um déficit de 22,6 bilhões de reais, diante de um limite de tolerância máximo de 6,5 bilhões de reais previsto em legislação.

VALE tinha as preferenciais em baixa de 4,6 por cento, assim como outros papéis ligados a commodities como CSN e Gerdau, que caíam 5 e 3,9 por cento, respectivamente.

CYRELA tinha desvalorização de 2,2 por cento depois de acertar acordo para investir entre 73 milhões e 100 milhões de reais na rival Tecnisa, cujos papéis recuavam 1,2 por cento.

A operação envolverá aumento de capital de até 200 milhões de reais pela Tecnisa, a um preço de emissão de 2 reais -- o valor representa deságio de 17 por cento sobre o preço de fechamento da ação da Tecnisa na véspera, de 2,41 reais.

ESTÁCIO caía 2,6 por cento. A empresa informou que conversas com representantes da Unip sobre uma eventual união não prosperaram.

A Ser Educacional prepara novos termos de sua proposta pela Estácio até o começo da próxima semana, disse uma fonte a par das negociações.

KROTON, que melhorou sua proposta pela união com a Estácio, recuava 1,4 por cento.

FIBRIA e KLABIN caiam 2 por cento cada enquanto SUZANO tinha baixa de 0,8 por cento, apesar da alta do dólar frente ao real.

BRADESCO perdia 3 por cento nas ações preferenciais, apesar do Conselho de Administração do segundo maior banco privado do país ter aprovado a renovação de um programa de recompra de ações, num total de até 15 milhões de papéis.

ELETROBRAS subia3 por cento. Nesta sexta-feira, edital de desestatização da distribuidora de energia goiana Celg-D, controlada pela Eletrobras, estabeleceu um valor mínimo de 2,8 bilhões de reais para o leilão previsto para ocorrer em 19 de agosto.

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São Paulo - A Bovespa caía mais de 2 por cento na manhã desta sexta-feira, pressionada principalmente por ações ligadas a commodities, com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia surpreendendo os mercados ao redor do mundo, que estavam se preparando nos últimos dias para uma escolha pela permanência.

Às 10h56, o Ibovespa recuava 2,4 por cento, a 50.341 pontos. O giro financeiro era de 1,64 bilhão de reais.

Com isso, investidores se voltavam para ativos considerados mais seguros e realizavam ajustes após os últimos pregões -- a Bovespa subiu quase 3 por cento na véspera com o mercado apostando em uma manutenção britânica na UE.

Para além do Reino Unido, a preocupação era sobre o futuro do bloco econômico, com possível fortalecimento do separatismo em outros países.

O principal índice acionário europeu FTSEurofirst 300 recuava 5,23 por cento e, nos Estados Unidos, o S&P 500 perdia 2,3 por cento.

De acordo com o economista-chefe do Modalmais, Álvaro Bandeira, os impactos negativos para o Brasil são vários, uma vez que a instabilidade afeta preços de commodities, o câmbio, dificulta investimentos externos diretos e a tomada de empréstimos.

Com isso, a atenção se volta para qual será a ação de bancos centrais para tentar dar equilíbrio ao mercado. "Se os BCs tiverem uma ação coordenada e atuação de maior prudência, dando liquidez, pode ser que a situação se acalme", disse Bandeira.

A avaliação também é de que o Federal Reserve tende a postergar uma alta do juro.

Contudo, parte do mercado já relativizava o impacto do resultado do referendo nos próximos dias.

"Embora a decisão da votação deva pesar em preços de ativos de mercados emergentes ao longo dos próximos dias, o impacto econômico direto no mundo emergente deve ser menor do que muitos temem", disse a consultoria Capital Economics em relatório.

O HSBC afirmou que, uma vez que a poeira baixe, a decisão não deve ter um impacto continuado, ao menos para regiões fora da Europa central e oriental.

A notícia deixava o restante do noticiário doméstico em segundo plano.

Destaques

PETROBRAS perdia 5 por cento nas preferenciais e nas ordinárias, em meio à forte baixa do preço do petróleo por conta da decisão do Reino Unido.

Além disso, a estatal informou na quinta-feira que o Petros, seu fundo de pensão, fechou 2015 com um déficit de 22,6 bilhões de reais, diante de um limite de tolerância máximo de 6,5 bilhões de reais previsto em legislação.

VALE tinha as preferenciais em baixa de 4,6 por cento, assim como outros papéis ligados a commodities como CSN e Gerdau, que caíam 5 e 3,9 por cento, respectivamente.

CYRELA tinha desvalorização de 2,2 por cento depois de acertar acordo para investir entre 73 milhões e 100 milhões de reais na rival Tecnisa, cujos papéis recuavam 1,2 por cento.

A operação envolverá aumento de capital de até 200 milhões de reais pela Tecnisa, a um preço de emissão de 2 reais -- o valor representa deságio de 17 por cento sobre o preço de fechamento da ação da Tecnisa na véspera, de 2,41 reais.

ESTÁCIO caía 2,6 por cento. A empresa informou que conversas com representantes da Unip sobre uma eventual união não prosperaram.

A Ser Educacional prepara novos termos de sua proposta pela Estácio até o começo da próxima semana, disse uma fonte a par das negociações.

KROTON, que melhorou sua proposta pela união com a Estácio, recuava 1,4 por cento.

FIBRIA e KLABIN caiam 2 por cento cada enquanto SUZANO tinha baixa de 0,8 por cento, apesar da alta do dólar frente ao real.

BRADESCO perdia 3 por cento nas ações preferenciais, apesar do Conselho de Administração do segundo maior banco privado do país ter aprovado a renovação de um programa de recompra de ações, num total de até 15 milhões de papéis.

ELETROBRAS subia3 por cento. Nesta sexta-feira, edital de desestatização da distribuidora de energia goiana Celg-D, controlada pela Eletrobras, estabeleceu um valor mínimo de 2,8 bilhões de reais para o leilão previsto para ocorrer em 19 de agosto.

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