Mercados

Índice mantém alta perto do fechamento por Petrobras e Oi

O pregão teve baixo volumen de negócios, pois investidores aguardavam novas pesquisas eleitorais


	Oi: operadora se destacou com alta de 14%, depois do tombo de iguais 14% da véspera
 (Divulgação)

Oi: operadora se destacou com alta de 14%, depois do tombo de iguais 14% da véspera (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 17h34.

São Paulo - A bolsa brasileira sustentava-se em alta perto do fechamento desta sexta-feira, num pregão de baixo volume de negócios com investidores aguardando novas pesquisas eleitorais e diante da suavização de preocupações no exterior com a situação financeira do maior banco listado de Portugal.

Às 16h11, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,33 por cento, a 54.773 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,58 bilhões de reais.

O índice chegou a cair 0,5 por cento mais cedo, quando investidores embolsaram lucros acumulados por ações como Petrobras, cujo papel preferencial ganhou 4,5 por cento na véspera. No entanto, o Ibovespa passou para o positivo, com a virada de ações importantes para o azul.

Analistas da Itaú Corretora afirmaram em relatório que o Ibovespa continua em tendência de alta no curto prazo e ganhou força no último pregão ao passar da resistência inicial em 54.100 pontos. Eles acrescentaram que o índice segue em direção a 55.300 pontos e ao objetivo em 57.100 pontos.

Na quinta-feira, o índice registrou sua maior alta em um mês, com a perspectiva de que a derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo possa influenciar o rumo das eleições presidenciais de outubro.

Cientistas políticos, no entanto, entendem que as vitórias ou derrotas esportivas têm efeito curto nas campanhas eleitorais, mesmo uma derrota histórica como a de terça-feira pr 7 x 1.

Assim, investidores aguardam novas pesquisas eleitorais para firmar suas apostas. Levantamento Sensus de intenções de voto foi registrado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com divulgação prevista para a partir da próxima terça-feira.

"Acho que tem espaço para o mercado seguir subindo em função das novas pesquisas que provavelmente mostrarão a presidente Dilma Rousseff caindo", disse o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

"O mercado vai seguir acreditando que a última pesquisa do Datafolha (que mostrou avanço nas intenções de voto de Dilma) estava influenciada pelo sucesso relativo da Copa", acrescentou.

Na ponta positiva do Ibovespa, a operadora de telecomunicações Oi se sobressaía com alta de cerca de 14 por cento para suas ações preferenciais, depois do tombo de iguais 14 por cento da véspera.

Os papéis da Oi vêm refletindo nos últimos dias as incertezas por conta de riscos de crédito, após a Portugal Telecom, com quem a operadora brasileira está em processo de fusão, comprar notas promissórias da RioForte, da Espírito Santo International.

Mas o Banco Espírito Santo, que faz parte da rede de empresas controladas pelo clã Espírito Santo, tranquilizou o mercado, afirmando que tem exposições avaliadas em 1,15 bilhão de euros, e que acredita ter reservas suficientes para absorver quaisquer perdas. Isso acalmou investidores sobre a possibilidade de uma reação em cadeia atingir outros bancos, principalmente na periferia da zona do euro, e reduziu a aversão ao risco no exterior.

No setor imobiliário, as ações de MRV Engenharia e Gafisa apareciam entre as maiores quedas do Ibovespa.

Fora do índice, a ação da construtora e incorporadora Direcional Engenharia recuava quase 9 por cento após divulgar queda nos lançamentos e nas vendas líquidas contratadas no segundo trimestre.

Acompanhe tudo sobre:EuropaIbovespaMercado financeiroPiigsPortugal

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame