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Bovespa fecha em queda 1,5% por bancos e Petrobras

Foi a maior queda percentual do índice desde 30 de maio


	Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa, em São Paulo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 18h03.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuou 1,5 por cento nesta quarta-feira diante da queda nas ações de instituições financeiras após dados do Banco Central mostrarem aumento na inadimplência, e por conta do desempenho negativo da Petrobras.

O Ibovespa caiu 1,58 por cento, a 53.425 pontos. Foi a maior queda percentual do índice desde 30 de maio. O giro financeiro do pregão somou 6,3 bilhões de reais.

Os papéis do Bradesco tiveram baixas superiores a 4 por cento e, junto com o Itaú Unibanco, que perdeu 3,18 por cento, exerceram influência preponderante na queda do índice.

Dados do BC divulgados pela manhã mostraram que a inadimplência voltou a crescer no Brasil em maio, num cenário de menor expansão do crédito, especialmente dos bancos privados.

O Goldman Sachs destacou que o crescente papel dos bancos públicos na originação e alocação de crédito é uma fonte de desconforto no médio prazo.

"O crescimento dos empréstimos de bancos públicos atingiu alta anual de 19,4 por cento em maio, ou quase quatro vezes mais que o crescimento anual de 4,9 por cento alcançado por bancos domésticos privados", disse o Goldman.

Por sua vez, as ações da Petrobras continuaram refletindo a preocupação com os desembolsos que a estatal terá que fazer para explorar, sob o regime de partilha, o excedente do óleo em quatro áreas da cessão onerosa, conforme anunciado pelo governo federal na terça-feira.

Analistas do Citi afirmaram que o acordo "estressa ainda mais o balanço da Petrobras e ocorreu antes do longamente esperado crescimento estrutural da produção e do fluxo de caixa".

Entre as principais baixas do dia apareceram ainda os papéis de Suzano e Fibria, do setor de papel e celulose, pela expectativa de que o dólar fique contido após o BC ter anunciado a extensão de seu programa de intervenções no câmbio para até o fim do ano.

"Como é pouco provável que o dólar suba até que o banco central norte-americano anuncie mudança nos juros, o setor exportador sofre", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

A MMX teve a terceira a maior queda do Ibovespa, após a mineradora divulgar que encerrou o primeiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido maior que um ano antes e geração de caixa negativa.

No sentido oposto, a operadora Oi fechou em alta, depois que a operadora anunciou acordo para transferir 1.641 torres de telecomunicações à SBA Torres Brasil por 1,17 bilhão de reais.

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