Índice de ações MSCI vai mudar: Nubank, Stone e PagSeguro devem ganhar; entenda
Principal referência para investimentos em países emergentes, índice do Morgan Stanley vai incorporar papéis de empresas brasileiras listados no exterior
Agência de notícias
Publicado em 13 de agosto de 2024 às 10h02.
Os índices MSCI – sigla para Morgan Stanley Capital International – são a principal referência para investidores globais que aplicam em Bolsas de Valores do mundo inteiro há décadas.Foram criados em 1969 e desde então se tornaram um parâmetro para o mercado de ações.
E, a partir de 2 setembro, uma mudança importante no MSCI pode dar um impulso extra às ações de várias empresas brasileiras. O índice poderá a incluir, na sua composição, ações de empresas brasileiras listadas em Bolsas no exterior.
Com isso, a expectativa de estrategistas do Morgan Stanley é que sejam destravados quaseUS$ 5 bilhões em fluxos de investimentos globais para essas ações.Isso ocorre porque muitas carteiras de fundos usam o MSCI como benchmark - ou seja, investem em ações proporcionalmente à participação de cada empresa no índice.
E, agora o MSCI divulgou qual será a composição de seu índice de Brasil a partir de setembro. ONu Holdings (holding do Nubank), as empresas de “maquininhas” StoneCo e PagSeguro, além da corretora XP e do banco Inter, são ações listadas no exterior que vão integrar o MSCI Brasil.
Na composição do índice que passa a vigorar no próximo dia 2, ações da Embraer, que são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), também serão incluídas. Por outro lado, os papéis da Eneva e das Lojas Renner deixarão o MSCI Brasil.
O índice leva em consideração, para incluir e retirar ações, o volume de negócios com esses papéis, a volatilidade, o tamanho das empresas, entre outros fatores.
O Nubank também integrará o MSCI de Mercados Emergentes, que passará a incorporar outras grandes empresas, como a chinesa Huaneng Lancang River Hydropower e a Adnoc Drilling Company, dos Emirados Árabes Unidos.