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Ibovespa cai 10% no 1o semestre; mercado monitora juros

A expectativa de que o Banco Central possa estender o processo de alta de juros por um período maior do que o anteriormente previsto pesou sobre as ações

O volume também foi abaixo da média do ano, com investidores reticentes em assumir posições no dia de fechamento de trimestre (Marcel Salim/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 20h19.

São Paulo - A bolsa brasileira fechou um primeiro semestre marcada pelo desânimo com uma sessão de Ibovespa praticamente estável nesta quinta-feira, mesmo após a aprovação das medidas fiscais pelo Parlamento da Grécia.

A expectativa de que o Banco Central possa estender o processo de alta de juros por um período maior do que o anteriormente previsto pesou sobre as ações, especialmente no setor de construção.

O volume também foi abaixo da média do ano, com investidores reticentes em assumir posições no dia de fechamento de trimestre e semestre.

O principal índice das ações brasileiras <.BVSP> subiu 0,11 por cento, a 62.403 pontos. O giro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais, abaixo da média de 6,5 bilhões de reais em 2011.

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones <.DJI> e Standard & Poor's 500 <.SPX> tiveram alta de mais de 1 por cento.

No acumulado do primeiro semestre, o Ibovespa teve queda de 10 por cento. Em junho apenas, o índice perdeu 3,4 por cento.

O Relatório de Inflação do Banco Central, divulgado na quarta-feira, provocou a alta das projeções de juros no mercado futuro e já levou alguns analistas, como os do Credit Suisse, a revisar para cima a expectativa para a Selic em 2012.

"Isso afasta o investidor... ele se retira, vai para a renda fixa", disse Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW, comparando o juro de 12,25 por cento ao ano no Brasil com as taxas quase zero do exterior.


O índice da bolsa para o setor imobiliário <.IMOB>, sensível à alta de juros por causa do encarecimento do crédito, caiu 1,3 por cento nesta sessão e 13,9 por cento em 2011.

"No segundo semestre existe a expectativa de recuperação das bolsas, mas a gente pode novamente ser o patinho feio. Não vai chegar a 80 mil pontos no fim do ano, se chegar a 75 mil já vai ser maravilhoso", completou Galdi. Ele creditou o cenário positivo para as bolsas no exterior, em parte, as sinais de distensão na crise da dívida da Europa.

No restante do Ibovespa, Petrobras PN subiu 1,45 por cento, a 23,72 reais, após a britânica BG dobrar a estimativa de petróleo e gás na bacia de Santos, em campos com participação da estatal brasileira. [ID:nN1E75T0V3] Pão de Açúcar subiu 1,62 por cento, a 72,15 reais. A varejista mostrou bastante volatilidade nos últimos dias com a proposta de união junto à unidade brasileira do Carrefour e a reação imediata do Casino ao comprar mais de 1 bilhão de reais em ações do Pão de Açúcar na bolsa.

A JBS , que afirmou ter concluído as operações de balanceamento da dívida, avançou 2,87 por cento, a 5,38 reais.

No mesmo setor de carnes, a Marfrig ganhou 4,76 por cento, a 15,40 reais.

Com o maior volume do Ibovespa, Vale PNA avançou 0,52 por cento, a 44,64 reais.

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São Paulo - A bolsa brasileira fechou um primeiro semestre marcada pelo desânimo com uma sessão de Ibovespa praticamente estável nesta quinta-feira, mesmo após a aprovação das medidas fiscais pelo Parlamento da Grécia.

A expectativa de que o Banco Central possa estender o processo de alta de juros por um período maior do que o anteriormente previsto pesou sobre as ações, especialmente no setor de construção.

O volume também foi abaixo da média do ano, com investidores reticentes em assumir posições no dia de fechamento de trimestre e semestre.

O principal índice das ações brasileiras <.BVSP> subiu 0,11 por cento, a 62.403 pontos. O giro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais, abaixo da média de 6,5 bilhões de reais em 2011.

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones <.DJI> e Standard & Poor's 500 <.SPX> tiveram alta de mais de 1 por cento.

No acumulado do primeiro semestre, o Ibovespa teve queda de 10 por cento. Em junho apenas, o índice perdeu 3,4 por cento.

O Relatório de Inflação do Banco Central, divulgado na quarta-feira, provocou a alta das projeções de juros no mercado futuro e já levou alguns analistas, como os do Credit Suisse, a revisar para cima a expectativa para a Selic em 2012.

"Isso afasta o investidor... ele se retira, vai para a renda fixa", disse Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW, comparando o juro de 12,25 por cento ao ano no Brasil com as taxas quase zero do exterior.


O índice da bolsa para o setor imobiliário <.IMOB>, sensível à alta de juros por causa do encarecimento do crédito, caiu 1,3 por cento nesta sessão e 13,9 por cento em 2011.

"No segundo semestre existe a expectativa de recuperação das bolsas, mas a gente pode novamente ser o patinho feio. Não vai chegar a 80 mil pontos no fim do ano, se chegar a 75 mil já vai ser maravilhoso", completou Galdi. Ele creditou o cenário positivo para as bolsas no exterior, em parte, as sinais de distensão na crise da dívida da Europa.

No restante do Ibovespa, Petrobras PN subiu 1,45 por cento, a 23,72 reais, após a britânica BG dobrar a estimativa de petróleo e gás na bacia de Santos, em campos com participação da estatal brasileira. [ID:nN1E75T0V3] Pão de Açúcar subiu 1,62 por cento, a 72,15 reais. A varejista mostrou bastante volatilidade nos últimos dias com a proposta de união junto à unidade brasileira do Carrefour e a reação imediata do Casino ao comprar mais de 1 bilhão de reais em ações do Pão de Açúcar na bolsa.

A JBS , que afirmou ter concluído as operações de balanceamento da dívida, avançou 2,87 por cento, a 5,38 reais.

No mesmo setor de carnes, a Marfrig ganhou 4,76 por cento, a 15,40 reais.

Com o maior volume do Ibovespa, Vale PNA avançou 0,52 por cento, a 44,64 reais.

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