Ibovespa avança forte com Lula na nova fase da Lava Jato
O principal índice da Bovespa avançava nos primeiros negócios desta sexta-feira, caminhando para o maior ganho semanal desde 2008
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2016 às 11h25.
São Paulo - O principal índice da Bovespa chegou a disparar 6 por cento nesta sexta-feira e caminhava até o momento para o maior ganho semanal desde 2008, com investidores reagindo à nova fase da Lava Jato envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Às 10:49, o Ibovespa subia 4 por cento, a 49.081 pontos.
Na máxima até o momento, o índice de referência do mercado acionário brasileiro superou os 50 mil pontos, renovando patamar máximo intradia desde agosto de 2015.
O volume financeiro no pregão era de 1,9 bilhão de reais.
A nova fase da operação Lava Jato cumpre mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra Lula para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema Petrobras.
"Sem dúvida, essas notícias têm sido positivas para a expectativa de mudanças econômicas", destacou o gestor Marcello Paixão, sócio da administradora de recursos Constância NP.
Operadores no mercado citavam continuidade de desmontagem e cobertura de posições vendidas, principalmente em papéis com participação estatal, como Petrobras e Banco do Brasil.
Na véspera, expectativa de nova fase da Lava Jato e reportagem da revista IstoÉ dizendo que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria feito acordo de delação premiada já haviam impulsionado o mercado.
No mercado financeiro, notícias potencialmente desfavoráveis para o governo tendem a repercutir positivamente, uma vez que favorecem apostas de troca no comando do país, com chance de mudança nos cenários político e econômico.
Em nota a clientes, o Credit Suisse acrescenta que, além do fator político, a alta em preços de commodities e a relativa força de moedas de emergentes contribuem para sustentar a tendência doméstica de alta.
Destaques
Banco do Brasil saltava 15 por cento, também contagiado pelas expectativas relacionadas ao cenário político, em movimento acompanhado por outros bancos, com Itaú Unibanco em alta de 6,66 por cento e Bradesco PN avançando 8,2 por cento.
Petrobras tinha as preferenciais disparando 16 por cento e as ordinárias com salto de 11,3 por cento, reagindo ao noticiário da Lava Jato e tendo como pano de fundo alta dos preços do petróleo no mercado internacional.
Eletrobras, que não está no Ibovespa mas também é contagiada pela euforia que impulsiona papéis de estatais, subia 8,56 nas ações ordinárias e 5,95 por cento nas preferenciais, respectivamente.
Vale mostrava as preferenciais de classe A com ganho de 8,3 por cento e as ações ordinárias valorizando-se 9,3 por cento, na esteira do viés positivo na Bovespa e tendo como suporte nova alta dos preços à vista do minério de ferro. Também no radar estava notícia de que o Conselho de Administração se reunirá em abril para discutir nova política de dividendo.
Usiminas voltava a disparar, com ganho de 22 por cento nas preferenciais, ainda sob efeito de cobertura de posições vendidas. - CETIP ganhava 1,79 por cento, após a maior central de custódia e depositária de títulos e valores mobiliários da América Latina anunciar que o lucro de outubro a dezembro somou 128 milhões de reais, alta de 8,9 por cento sobre um ano antes. O papel, contudo, segue influenciado pelas expectativas sobre potencial fusão com a BM&FBovespa.
Localiza avançava 7,84 por cento, com resultado trimestral no radar, que mostrou lucro líquido de 105,9 milhões de reais no quarto trimestre para a empresa de gestão de frotas e aluguel de veículos, alta de 3,6 por cento sobre um ano antes.
Qualicorp subia 13,5 por cento, conforme agentes financeiros repercutiam reportagem do jornal Valor Econômico, afirmando que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai restringir a venda de planos coletivos empresariais de assistência médica.
Gafisa, que não está no Ibovespa, subia 2,44 por cento, após a incorporadora reportar queda anual de 90 por cento no lucro do quarto trimestre, para 827 mil reais.
Fibria desabava 13 por cento, em meio à queda no setor de papel e celulose e outros setores que tendem a se beneficiar da depreciação da taxa de câmbio, conforme o dólar recuava fortemente ante o real neste pregão.
São Paulo - O principal índice da Bovespa chegou a disparar 6 por cento nesta sexta-feira e caminhava até o momento para o maior ganho semanal desde 2008, com investidores reagindo à nova fase da Lava Jato envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Às 10:49, o Ibovespa subia 4 por cento, a 49.081 pontos.
Na máxima até o momento, o índice de referência do mercado acionário brasileiro superou os 50 mil pontos, renovando patamar máximo intradia desde agosto de 2015.
O volume financeiro no pregão era de 1,9 bilhão de reais.
A nova fase da operação Lava Jato cumpre mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra Lula para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema Petrobras.
"Sem dúvida, essas notícias têm sido positivas para a expectativa de mudanças econômicas", destacou o gestor Marcello Paixão, sócio da administradora de recursos Constância NP.
Operadores no mercado citavam continuidade de desmontagem e cobertura de posições vendidas, principalmente em papéis com participação estatal, como Petrobras e Banco do Brasil.
Na véspera, expectativa de nova fase da Lava Jato e reportagem da revista IstoÉ dizendo que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria feito acordo de delação premiada já haviam impulsionado o mercado.
No mercado financeiro, notícias potencialmente desfavoráveis para o governo tendem a repercutir positivamente, uma vez que favorecem apostas de troca no comando do país, com chance de mudança nos cenários político e econômico.
Em nota a clientes, o Credit Suisse acrescenta que, além do fator político, a alta em preços de commodities e a relativa força de moedas de emergentes contribuem para sustentar a tendência doméstica de alta.
Destaques
Banco do Brasil saltava 15 por cento, também contagiado pelas expectativas relacionadas ao cenário político, em movimento acompanhado por outros bancos, com Itaú Unibanco em alta de 6,66 por cento e Bradesco PN avançando 8,2 por cento.
Petrobras tinha as preferenciais disparando 16 por cento e as ordinárias com salto de 11,3 por cento, reagindo ao noticiário da Lava Jato e tendo como pano de fundo alta dos preços do petróleo no mercado internacional.
Eletrobras, que não está no Ibovespa mas também é contagiada pela euforia que impulsiona papéis de estatais, subia 8,56 nas ações ordinárias e 5,95 por cento nas preferenciais, respectivamente.
Vale mostrava as preferenciais de classe A com ganho de 8,3 por cento e as ações ordinárias valorizando-se 9,3 por cento, na esteira do viés positivo na Bovespa e tendo como suporte nova alta dos preços à vista do minério de ferro. Também no radar estava notícia de que o Conselho de Administração se reunirá em abril para discutir nova política de dividendo.
Usiminas voltava a disparar, com ganho de 22 por cento nas preferenciais, ainda sob efeito de cobertura de posições vendidas. - CETIP ganhava 1,79 por cento, após a maior central de custódia e depositária de títulos e valores mobiliários da América Latina anunciar que o lucro de outubro a dezembro somou 128 milhões de reais, alta de 8,9 por cento sobre um ano antes. O papel, contudo, segue influenciado pelas expectativas sobre potencial fusão com a BM&FBovespa.
Localiza avançava 7,84 por cento, com resultado trimestral no radar, que mostrou lucro líquido de 105,9 milhões de reais no quarto trimestre para a empresa de gestão de frotas e aluguel de veículos, alta de 3,6 por cento sobre um ano antes.
Qualicorp subia 13,5 por cento, conforme agentes financeiros repercutiam reportagem do jornal Valor Econômico, afirmando que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai restringir a venda de planos coletivos empresariais de assistência médica.
Gafisa, que não está no Ibovespa, subia 2,44 por cento, após a incorporadora reportar queda anual de 90 por cento no lucro do quarto trimestre, para 827 mil reais.
Fibria desabava 13 por cento, em meio à queda no setor de papel e celulose e outros setores que tendem a se beneficiar da depreciação da taxa de câmbio, conforme o dólar recuava fortemente ante o real neste pregão.