São Paulo – As ações da Embraer (EMBR3) despontaram como a maior valorização do índice Bovespa nesta emana. Os papéis da fabricante de jatos brasileira subiram 11,20% no período, sendo que apenas na sessão de sexta-feira (14) a alta chegou a 10,02%. A TIM (TCLS3) aparece na segunda colocação, com uma subida de 9,59%, cotada a 7,54 reais.

“Os investidores do setor normalmente focam no duopólio do mercado de grandes jatos da Boeing e da Airbus. Entretanto, não conferem a mesma atenção para o mercado de jatos regionais, que atualmente também é um duopólio entre a Embraer e a Bombardier”, destacaram os analistas do Goldman Sachs, Noah Poponak, Chun-Yai Wang e Alexandria Carroll.

O relatório do banco foi apontado como o principal responsável para a disparada dos papéis da empresa nesta sexta-feira. O Goldman vê as ações da brasileira como muito atraentes na comparação com os pares da empresa. A ação negocia a um múltiplo de 11,3 vezes o preço sobre o lucro para 2012, o que corresponde a um desconto em relação à média histórica e do setor, que é de 13 vezes. Os papéis foram incluídos na lista de “compra com convicção”.

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Altas e baixas da semana
Empresa	Código	Cotação	Var. (%)
Embraer	EMBR3	13,5	11,2
TIM	TCSL3	7,54	9,59
Light	LIGT3	27,65	8,86
TIM	TCSL4	6,14	8,48
Copel	CPLE6	45,1	7,38
AmBev	AMBV4	46,83	-5,87
BM&Fbovespa	BVMF3	12,4	-4,54
Braskem	BRKM5	19,3	-3,98
LLX Logística	LLXL3	4,36	-3,75
OGX Petróleo	OGXP3	20	-3,61

Do lado de baixo do Ibovespa o destaque de queda ficou com as ações preferenciais da AmBev (AMBV4). Os papéis - que por sua vez tiveram a maior valorização da bolsa em 2010 – encerraram a semana com uma baixa de 5,87%, aos 46,83 reais. O mesmo Goldman Sachs que contribuiu para a alta da Embraer ajudou no sentimento negativo com a fabricante de bebidas.

O banco rebaixou nesta semana a recomendação para os papéis da empresa de compra para neutra. "A AmBev atingiu nosso preço-alvo e agora está sendo negociada com um prêmio de 25% sobre seus pares globais, o que consideramos justo”, afirmaram Gustavo Wigman e Claudio Lensing, analistas do banco. Apesar disso, o banco elevou o preço-alvo em 1,20 real, para 52 reais para o final de 2011.

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