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Ibovespa tem pior desempenho semanal desde agosto de 2011

O índice acumulou queda de 8,29 por cento na semana, o pior desempenho desde a primeira semana de agosto de 2011

O Ibovespa subiu 0,88 por cento nesta sexta-feira, a 54.513 pontos, após oito sessões seguidas no vermelho (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

O Ibovespa subiu 0,88 por cento nesta sexta-feira, a 54.513 pontos, após oito sessões seguidas no vermelho (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 18h34.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista encerrou esta sexta-feira, mas não escapou de registrar o pior desempenho semanal desde agosto do ano passado, com os temores sobre o futuro da zona do euro impondo forte clima de aversão ao risco nos mercados.

O Ibovespa subiu 0,88 por cento nesta sexta-feira, a 54.513 pontos, após oito sessões seguidas no vermelho. Na mínima do pregão, o índice cheogu a cair 0,3 por cento. O giro financeiro foi de 8,96 bilhões de reais.

O índice acumulou queda de 8,29 por cento na semana, o pior desempenho desde a primeira semana de agosto de 2011, quando os Estados Unidos tiveram seu rating rebaixado e o Ibovespa recuou 9,99 por cento.

"Hoje tivemos um dia de ajuste técnico, em vista de todas as quedas nos últimas sessões", disse Bruno Martins, operador no Daycoval.

"O pregão foi bem complexo, com gente buscando barganhas e outros realizando lucro de vendas a descoberto. Mas o mercado continua muito ruim, com todas as incertezas na Grécia e na zona do euro." Dentre as blue chips, a preferencial da Vale subiu 2,65 por cento, a 35,70 reais, enquanto a preferencial da Petrobras teve alta de 3,47 por cento, a 19,07 reais. OGX avançou 5,1 por cento, a 11,53 reais, e foi o destaque de alta do Ibovespa.


Na outra ponta, PDG Realty teve queda de 7,04 por cento, a 3,17 reais, seguida por Redecard, com baixa de 6,39 por cento, a 30,05 reais.

O mercado aguarda informações oficiais sobre o resultado da assembleia de acionistas da empresa de cartões, na qual os minoritários decidiriam sobre a contratação de um novo laudo de avaliação da companhia, em meio à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo controlador, o Itaú Unibanco.

"O mercado ainda está perdido em relação aos possíveis desdobramentos da Grécia e isso ainda vai continuar pesando na próxima semana", afirmou Paulo Esteves, analista-chefe na Gradual Corretora.

As novas eleições na Grécia, marcadas para o dia 17 de junho, continuam no foco dos investidores, já que o resultado do pleito pode resultar na saída do país da zona do euro. A saúde financeira dos bancos na Espanha também deve continuar causando apreensão no mercado.

No fim de semana, líderes do G8 se reúnem nos Estados Unidos para discutir possíveis saídas para a crise da zona do euro. O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou após uma reunião com o presidente francês, François Hollande, que o G8 deve se concentrar em maneiras de promover o crescimento junto com cortes orçamentários na Europa.

Na segunda-feira termina o prazo para o exercício de opções sobre ações na bolsa paulista.

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