Ibovespa tem 2ª pior queda do ano após decepção com PIB
O Ibovespa ampliou as perdas nos ajustes finais e fechou em queda de 2,5 %, a 54.634 pontos, na mínima da sessão
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 18h27.
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa amargou sua segunda pior queda diária do ano nesta quarta-feira, diante da decepção do mercado com o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre e do clima tenso no exterior.
O Ibovespa ampliou as perdas nos ajustes finais e fechou em queda de 2,5 %, a 54.634 pontos, na mínima da sessão. Essa foi a maior queda diária desde 15 de abril e a segunda pior de 2013. O giro financeiro da bolsa foi de 7,9 bilhões de reais.
Faltando apenas um pregão para o fechamento do mês, o Ibovespa acumula queda de 2,3 % em maio, a caminho de sua quinta baixa mensal consecutiva.
A economia brasileira não conseguiu acelerar o passo de janeiro a março, com expansão de apenas 0,6 % sobre o trimestre anterior e consolidando apostas de que o crescimento do país será inferior a 3 % em 2013.
"O cenário fica bem incerto: por um lado você tem uma economia que não cresce, mas por outro você tem sinais de pressões inflacionárias até maiores do que estão refletidas nos índices", disse o estrategista-chefe do Crédit Agricole em São Paulo, Vladimir Caramaschi.
"A gente acabou conseguindo recriar algo que não se via no mundo há bastante tempo, que é um processo de estagflação", acrescentou, citando que esse cenário deixava investidores ainda mais receosos de assumir riscos.
Esse cenário também levou o mercado a rever suas apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros do país, que será conhecida nesta noite. Cresceu a percepção de que o BC será mais cauteloso e elevará a Selic em 0,25 ponto percentual, revelou a curva de juros futuros.
Até a véspera, a maioria dos agentes apostava em alta de 0,50 ponto percentual. O clima mais nervoso no exterior também pesou nos negócios na Bovespa, segundo operadores. As ações globais recuaram diante das persistentes dúvidas sobre a duração do programa de estímulo do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.
As ações da petrolífera OGX e da aérea Gol lideraram as perdas do Ibovespa. Dos poucos ativos do Ibovespa que terminaram o dia no campo positivo, destaque para Gafisa e Fibria.
Na quinta-feira, quando os mercados brasileiros ficarão fechados pelo feriado de Corpus Christi, será conhecido o novo dado preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. "Isso deve garantir uma sexta-feira mais movimentada, com bom volume, considerando também os tradicionais ajustes de carteiras no fim de mês", disse o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora no Rio de Janeiro.
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa amargou sua segunda pior queda diária do ano nesta quarta-feira, diante da decepção do mercado com o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre e do clima tenso no exterior.
O Ibovespa ampliou as perdas nos ajustes finais e fechou em queda de 2,5 %, a 54.634 pontos, na mínima da sessão. Essa foi a maior queda diária desde 15 de abril e a segunda pior de 2013. O giro financeiro da bolsa foi de 7,9 bilhões de reais.
Faltando apenas um pregão para o fechamento do mês, o Ibovespa acumula queda de 2,3 % em maio, a caminho de sua quinta baixa mensal consecutiva.
A economia brasileira não conseguiu acelerar o passo de janeiro a março, com expansão de apenas 0,6 % sobre o trimestre anterior e consolidando apostas de que o crescimento do país será inferior a 3 % em 2013.
"O cenário fica bem incerto: por um lado você tem uma economia que não cresce, mas por outro você tem sinais de pressões inflacionárias até maiores do que estão refletidas nos índices", disse o estrategista-chefe do Crédit Agricole em São Paulo, Vladimir Caramaschi.
"A gente acabou conseguindo recriar algo que não se via no mundo há bastante tempo, que é um processo de estagflação", acrescentou, citando que esse cenário deixava investidores ainda mais receosos de assumir riscos.
Esse cenário também levou o mercado a rever suas apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros do país, que será conhecida nesta noite. Cresceu a percepção de que o BC será mais cauteloso e elevará a Selic em 0,25 ponto percentual, revelou a curva de juros futuros.
Até a véspera, a maioria dos agentes apostava em alta de 0,50 ponto percentual. O clima mais nervoso no exterior também pesou nos negócios na Bovespa, segundo operadores. As ações globais recuaram diante das persistentes dúvidas sobre a duração do programa de estímulo do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.
As ações da petrolífera OGX e da aérea Gol lideraram as perdas do Ibovespa. Dos poucos ativos do Ibovespa que terminaram o dia no campo positivo, destaque para Gafisa e Fibria.
Na quinta-feira, quando os mercados brasileiros ficarão fechados pelo feriado de Corpus Christi, será conhecido o novo dado preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. "Isso deve garantir uma sexta-feira mais movimentada, com bom volume, considerando também os tradicionais ajustes de carteiras no fim de mês", disse o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora no Rio de Janeiro.