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Ibovespa sobe com otimismo sobre recuperação econômica

Dólar ensaia quarto pregão consecutivo de queda; setor de construção civil se destaca na bolsa, com altas de mais de 6%

Painel de cotações da B3 | Foto:Germano Lüders/ Exame (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 24 de junho de 2021 às 10h33.

Última atualização em 24 de junho de 2021 às 15h45.

O Ibovespa avança nesta quinta-feira, 24, em linha com o cenário externo positivo, com o otimismo sobre a recuperação econômica ofuscando as preocupações relacionadas à inflação e possível aperto monetário. Às 15h45 o principal índice da B3 subia 0,5%, aos 129.071 pontos.

Dados sobre a economia americana ajudam a arrefecer os temores de uma redução de estímulos por parte do Federal Reserve (Fed). Divulgados nesta manhã, o PIB primeiro trimestre, os pedidos de seguro desemprego e a demanda por bens duráveis saíram piores do que o esperado nos Estados Unidos.

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O PIB, que teve sua terceira e última revisão, se manteve em 6,4% na comparação trimestral, ficando abaixo das expectativas de 6,5% de alta. Os pedidos semanais de seguro desemprego caíram de 418.000 para 411.000, mas ficaram acima da estimativa de mercado de 380.000. Já os pedidos de bens duráveis subiram 2,3% em maio, enquanto as projeções apontavam para uma alta de 2,8%.

"A economia americana está crescendo, mas não em um ritmo muito acelerado, o que acaba acalmando o mercado quanto à possibilidade de um aperto monetário. O Jerome Powell [presidente do Fed] reforçou que precisa ver pleno emprego e os dados de pedidos de seguro desemprego têm mostrado o contrário", comenta Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

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A menor percepção de sobreaquecimento da economia americana, com os dados ficando abaixo do esperado, contribui para a desvalorização do dólar no mundo. No Brasil, a moeda americana ensaia a quarta queda consecutiva, chegando a ser negociada abaixo de 4,92 reais.

Segundo Laatus, o tom expansionista adotado pelo Fed somado à abordagem mais contracionista do Banco Central brasileiro formam a situação perfeita para a valorização do real frente ao dólar. "Mas é algo normal que, depois de tantas quedas, o dólar suba um pouco".

Na bolsa, o clima favorável a ativos de risco favorece ações de todos os setores. Mas o grande destaque está com o setor de construção civil, com as ações da JHSF (JHSF3) e Gafisa (GFSA3) subindo mais de 6% e as da Cyrela (CYRE3), e Plano & Plano (PLPL3) mais de 2%. O que impulsiona as altas no setor é o relatório do Secovi-SP que revela que o mercado imobiliário da cidade de São Paulo foi o melhor para um mês de maio em 17 anos.

No caso da JHSF, as ações disparam principalmente após a companhia informar que seu aeroporto executivo São Paulo Catarina localizado perto de São Paulo recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e de outros órgãos para operar voos internacionais.

Outro setor que se destaca neste pregão é o varejo, com os papéis da Magazine Luiza (MGLU3) subindo 5,2%. Lojas Americanas (LAME4) e B2W (BTOW3) 4,3% e 3,43%, respectivamente. Lojas Renner (LREN3) e Via (VVAR3) avançam mais de 1%.

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