Ibovespa sobe com nova sinalização do Fed; dólar desaba quase 2%

O Ibovespa fechou em leve alta nesta segunda-feira, 14, em linha com as bolsas internacionais, que também tiveram ganhos modestos. O movimento repercutiu a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). Powell afirmou que a instituição ainda está longe de reduzir o programa de recompra de títulos e garantiu que a inflação deve desacelerar no país.

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O principal índice da B3 subiu 0,11% para 128.311 pontos, fechando seu terceiro pregão consecutivo no azul. Mais cedo, o Ibovespa chegou a subir mais de 1% estendendo os fortes ganhos da véspera, mas perdeu fôlego seguindo a influência dos EUA. Por lá, Dow Jones teve alta de 0,13% e o S&P 500 subiu 0,12% -- um novo recorde -- enquanto o Nasdaq caiu 0,22%.

As declarações de Powell foram feitas em meio ao ressurgimento de temores sobre a inflação, após a alta inesperada do índice de preço ao consumidor americano ter alimentado a aversão ao risco no mercado.

Divulgada nesta manhã, a inflação ao produtor americano superou as estimativas do mercado e bateu 7,3% no acumulado de 12 meses, subindo 1% em junho. O consenso era de alta de 0,6%.

Por outro lado, balanços de algumas das principais instituições financeiras do mundo divulgados nesta manhã saíram acima das expectativas, alimentando o otimismo para os próximos resultados do segundo trimestre tanto nos EUA quanto no Brasil.

Por aqui, outro ponto a frear a alta do Ibovespa foi a divulgação do IBC-Br, que apontou para uma queda de 0,43% da atividade brasileira ante a expectativa de crescimento de 1%. Porém, dado o cenário internacional positivo e algum otimismo com as mudanças da reforma tributária, os ativos locais se destacam positivamente nesta sessão.

Na véspera, o relator da reforma, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), apresentou o relatório preliminar da reforma tributária. Entre pontos polêmicos, a nova versão retomou a isenção do imposto para rendimentos dos fundos imobiliários. As alterações foram bem vistas pelo mercado, e fortaleceram o câmbio.

Após passar por uma sequência de altas na semana passada, o dólar caiu 1,87% contra o real, que teve o melhor desempenho entre as principais moedas emergentes. Nesta quarta, a divisa americana saiu da marca de 5,18 reais e para os 5,08 reais. Na mínima desta quarta-feira, o dólar chegou a ser vendido a 5,068 reais.

Destaques da bolsa

Entre as maiores altas do Ibovespa, estão as units do Banco Inter (BIDI11), com alta de 6,08%. O banco anunciou esta semana que atingiu a marca de 12 milhões de clientes, mais do que dobrando sua base na comparação anual.

Além disso, as ações do setor bancário foram favorecidas pela divulgação de resultados nos Estados Unidos. Por lá, Bank of America, Wells Fargo e Citigroup superaram as estimativas em balanço do segundo trimestre divulgados nesta manhã.

Os grandes bancos chegaram a registrar fortes altas no pregão, mas as ações perderam força e encerraram em leve alta. Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) fecharam o dia com altas respectivas de 0,13% e 0,44%, após subirem mais de 3% cada.

O grande destaque da sessão, no entanto, ficou fora do Ibovespa: os papéis da SmartFit (SMFT3) dispararam 34,7% em sua estreia na B3. Primeira rede de academias a se listar na bolsa, a empresa levantou 2,650 bilhões de reais em oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Mesmo com a disparada, analistas acreditam que a ação tem potencial para continuar em alta.

Na ponta negativa, CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) recuam 3,98% e 3,46%, respectivamente. “As maiores quedas do índice ficam com as siderúrgicas, após Paulo Guedes informar sobre um acordo feito com a indústria do aço para não subir os preços até o fim do ano, afetando diretamente a receita do setor”, explicam, em nota, analistas da Ativa Investimentos.

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