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Ibovespa sobe com bancos e Petrobras após decisão de Cunha

O Ibovespa fechou com o maior ganho diário em um mês

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 3,58 por cento, a 46.522 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 17h54.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de mais de 3 por cento nesta quinta-feira, maior ganho diário em um mês, guiado pela disparada de ações de bancos e da Petrobras, após o presidente da Câmara dos Deputados acolher pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff .

O Ibovespa subiu 3,29 por cento, a 46.393 pontos. Na máxima, avançou quase 5 por cento, superando 47 mil pontos. O volume financeiro totalizou 7,8 bilhões de reais.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aceitou na quarta-feira pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, por suposto desrespeito à Lei Orçamentária deste ano.

Profissionais do mercado avaliaram que a reação positiva nos negócios refletiu alguma "euforia" diante da perspectiva de mudanças, de potencial melhora de governabilidade no caso de um eventual desfecho desfavorável para a presidente Dilma no processo de impeachment.

"Não é algo trivial... O processo em si é bastante incerto, e deve adicionar ainda mais volatilidade neste momento", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.

Segundo o chefe da área de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, o movimento foi amplificado pela cobertura de posições vendidas. O mercado vinha pressionado pela perspectiva de que fundos da BTG Pactual Asset estariam fechando posições, em meio a fortes saques após a prisão do banqueiro do André Esteves. Esses temores seguem, mas ficaram em segundo plano nesta sessão diante da chance de mudança de governo.

O pano de fundo da sessão desta quinta-feira ainda incluiu a aprovação pelo Congresso Nacional de alteração da meta fiscal em 2015 e a afirmação do Banco Central na última ata do Copom de que tomará as "medidas necessárias" para controlar a escalada de preços independentemente das demais políticas. No exterior, o corte de juros e a extensão do programa de estímulos pelo Banco Central Europeu frustrou expectativas de agentes financeiros, que aguardavam ainda aumento no volume mensal de compras de ativos pela autoridade monetária. O índice acionário norte-americano S&P 500 recuava cerca de 1,5 por cento nesta tarde.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com as ações preferenciais em alta de 6,12 por cento e ordinárias com elevação de 3,48 por cento, na esteira do noticiário político, em movimento endossado avanço dos preços do petróleo no exterior.

=BANCO DO BRASIL saltou 8,4 por cento, guiando a alta no setor bancário do Ibovespa como um todo, também sob efeito do rali na bolsa após a decisão de Cunha, além de sinalizações do Banco Central sobre os juros e decisão sobre a meta fiscal. ITAÚ UNIBANCO avançou 6,35 por cento, BRADESCO subiu 4,39 por cento e SANTANDER BRASIL valorizou-se 4,24 por cento.

=ELETROBRAS avançou 3,81 por cento, acompanhando o viés positivo dos papéis de companhias estatais, após os últimos desdobramentos na cena política.

=RUMO ALL encerrou em baixa de 0,65 por cento, após a Cosan Logística informar que o Conselho de Administração da Rumo Logística submeterá à assembleia de acionistas proposta de aumento de capital de 650 milhões de reais. Analistas consideraram o valor pequeno para a necessidade de investimento da companhia.

=VALE encerrou com as preferenciais de classe A em queda de 1,15 por cento, diante de novo declínio dos preços do mínerio de ferro na China, com a cotação à vista atingindo 40,30 dólares a tonelada. O papel também segue sensível às incertezas ligadas ao desatre provocado pelo rompimento de barragem em Minas Gerais.

=BR PROPERTIES subiu 3,8 por cento, um dia após divulgar que o Conselho de Administração aprovou quase 600 milhões de reais em dividendos intermediários. Analistas co Credit Suisse consideraram a notícia neutra e o montante em linha com as expectativas, embora, conforme nota a clientes, achassem melhor se a empresa tivesse esperado receber todos os proventos de vendas recentes de ativos antes de anunciar os dividendos.

=BTG PACTUAL, que não faz parte do Ibovespa, subiu 1 por cento, após seis quedas seguidas, período em que acumulou declínio de cerca de 35 por cento, na esteira da prisão do banqueiro André Esteves por suposta obstrução da operação Lava Jato, que investiga um escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. Na véspera, o presidente do Conselho de Administração da companhia, Pérsio Arida, disse à Reuters que a venda de uma fatia de 12 por cento na cadeia de hospitais Rede D'Or São Luiz marca o início de uma série de desinvestimentos do BTG Pactual que ajudarão o grupo a sair de áreas fora de sua atividade principal. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por sua vez, abriu dois processos para averiguar a atuação da instituição financeira.

Texto atualizado às 18h54

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São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de mais de 3 por cento nesta quinta-feira, maior ganho diário em um mês, guiado pela disparada de ações de bancos e da Petrobras, após o presidente da Câmara dos Deputados acolher pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff .

O Ibovespa subiu 3,29 por cento, a 46.393 pontos. Na máxima, avançou quase 5 por cento, superando 47 mil pontos. O volume financeiro totalizou 7,8 bilhões de reais.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aceitou na quarta-feira pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, por suposto desrespeito à Lei Orçamentária deste ano.

Profissionais do mercado avaliaram que a reação positiva nos negócios refletiu alguma "euforia" diante da perspectiva de mudanças, de potencial melhora de governabilidade no caso de um eventual desfecho desfavorável para a presidente Dilma no processo de impeachment.

"Não é algo trivial... O processo em si é bastante incerto, e deve adicionar ainda mais volatilidade neste momento", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.

Segundo o chefe da área de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, o movimento foi amplificado pela cobertura de posições vendidas. O mercado vinha pressionado pela perspectiva de que fundos da BTG Pactual Asset estariam fechando posições, em meio a fortes saques após a prisão do banqueiro do André Esteves. Esses temores seguem, mas ficaram em segundo plano nesta sessão diante da chance de mudança de governo.

O pano de fundo da sessão desta quinta-feira ainda incluiu a aprovação pelo Congresso Nacional de alteração da meta fiscal em 2015 e a afirmação do Banco Central na última ata do Copom de que tomará as "medidas necessárias" para controlar a escalada de preços independentemente das demais políticas. No exterior, o corte de juros e a extensão do programa de estímulos pelo Banco Central Europeu frustrou expectativas de agentes financeiros, que aguardavam ainda aumento no volume mensal de compras de ativos pela autoridade monetária. O índice acionário norte-americano S&P 500 recuava cerca de 1,5 por cento nesta tarde.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com as ações preferenciais em alta de 6,12 por cento e ordinárias com elevação de 3,48 por cento, na esteira do noticiário político, em movimento endossado avanço dos preços do petróleo no exterior.

=BANCO DO BRASIL saltou 8,4 por cento, guiando a alta no setor bancário do Ibovespa como um todo, também sob efeito do rali na bolsa após a decisão de Cunha, além de sinalizações do Banco Central sobre os juros e decisão sobre a meta fiscal. ITAÚ UNIBANCO avançou 6,35 por cento, BRADESCO subiu 4,39 por cento e SANTANDER BRASIL valorizou-se 4,24 por cento.

=ELETROBRAS avançou 3,81 por cento, acompanhando o viés positivo dos papéis de companhias estatais, após os últimos desdobramentos na cena política.

=RUMO ALL encerrou em baixa de 0,65 por cento, após a Cosan Logística informar que o Conselho de Administração da Rumo Logística submeterá à assembleia de acionistas proposta de aumento de capital de 650 milhões de reais. Analistas consideraram o valor pequeno para a necessidade de investimento da companhia.

=VALE encerrou com as preferenciais de classe A em queda de 1,15 por cento, diante de novo declínio dos preços do mínerio de ferro na China, com a cotação à vista atingindo 40,30 dólares a tonelada. O papel também segue sensível às incertezas ligadas ao desatre provocado pelo rompimento de barragem em Minas Gerais.

=BR PROPERTIES subiu 3,8 por cento, um dia após divulgar que o Conselho de Administração aprovou quase 600 milhões de reais em dividendos intermediários. Analistas co Credit Suisse consideraram a notícia neutra e o montante em linha com as expectativas, embora, conforme nota a clientes, achassem melhor se a empresa tivesse esperado receber todos os proventos de vendas recentes de ativos antes de anunciar os dividendos.

=BTG PACTUAL, que não faz parte do Ibovespa, subiu 1 por cento, após seis quedas seguidas, período em que acumulou declínio de cerca de 35 por cento, na esteira da prisão do banqueiro André Esteves por suposta obstrução da operação Lava Jato, que investiga um escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. Na véspera, o presidente do Conselho de Administração da companhia, Pérsio Arida, disse à Reuters que a venda de uma fatia de 12 por cento na cadeia de hospitais Rede D'Or São Luiz marca o início de uma série de desinvestimentos do BTG Pactual que ajudarão o grupo a sair de áreas fora de sua atividade principal. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por sua vez, abriu dois processos para averiguar a atuação da instituição financeira.

Texto atualizado às 18h54

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