Ibovespa sobe apoiado em Vale após números da China

São Paulo - Dados positivos da indústria da China levantavam as ações da mineradora Vale e de siderúrgicas nesta terça-feira, o que amparava a Bovespa na primeira sessão de julho enquanto investidores aguardavam a divulgação de nova pesquisa eleitoral.

Às 11h16, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,73 por cento, a 53.557 pontos. O giro financeiro do pregão era de 950 milhões de reais.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial da Agência Nacional de Estatísticas da China e o do HSBC/Markit mostraram que a atividade industrial do país atingiu máximas em vários meses em junho.

O PMI oficial atingiu máxima de seis meses de 51, em linha com as expectativas do mercado e ante 50,8 em maio.

"O número veio próximo da expectativa, mas o suficiente para trazer ânimo para o mercado... Temos também divulgação de pesquisa na quinta ou na sexta e o mercado pode estar tentando se antecipar, como das outras vezes", disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

Nova pesquisa eleitoral do Datafolha deve ser divulgada a partir de quarta-feira, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral. Para Brugger, a alta desta terça também tinha um componente técnico de recuperação, uma vez que o índice chegou a operar abaixo dos 53 mil pontos na véspera e perdeu 2,7 por cento na semana passada.

Além disso, as bolsas norte-americanas operavam em alta, o que ajudava a Bovespa a se manter no azul -- o índice brasileiro acelerou os ganhos com a abertura do pregão nos Estados Unidos.

Dados mostrando que a expansão do setor industrial da zona do euro desacelerou ligeiramente mais do que o previsto no mês passado não chegavam a influenciar os negócios por aqui.

Na cena corporativa, ações de siderurgia, da Vale e da Bradespar, que tem participação na mineradora, eram destaque de alta após os números da China. Papéis de bancos também davam sustentação ao Ibovespa.

No campo negativo, a operadora Oi tinha a queda mais expressiva do índice, uma vez que as ações da Portugal Telecom, com quem a operadora brasileira está em processo de fusão, chegaram a cair 10 por cento neste pregão.

A Portugal Telecom era pressionada pelos potenciais efeitos nocivos do seu investimento na dívida do Grupo Espírito Santo, segundo operadores.