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Ibovespa sobe 2,06% após trégua da China

Ações da Marfrig, IRB Brasil, Magazine Luiza e Estácio tiveram as maiores altas do dia

Para especialistas, forte queda no dia anterior tornou papéis atrativos para o investidor (Chuanchai Pundej/EyeEm/Getty Images)

Para especialistas, forte queda no dia anterior tornou papéis atrativos para o investidor (Chuanchai Pundej/EyeEm/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 17h37.

Última atualização em 6 de agosto de 2019 às 18h40.

Em meio à trégua entre China e EUA, as principais bolsas do ocidente reagiram de forma positiva. Por aqui, o Ibovespa subiu 2,06%, depois de cair 2,51% no dia anterior – a maior queda desde meados de maio. O índice fechou em 102.163 pontos.

Após a demonstração de trégua por parte da China, que valorizou o iuane, os Estados Unidos também se posicionaram a contra novas tensões na guerra comercial entre os dois países. Hoje à tarde, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que o presidente Donald Trump gostaria de continuar negociando com a China.

As maiores altas do dia foram das ações das empresas Marfrig, Magazine Luiza e IRB Brasil, que subiram mais de 5%.

O destaque foi para a ação da Marfrig, que se apreciou 7,41%. A empresa anunciou hoje que passará a fabricar carne vegetal em parceria com a empresa americana Archer Daniels Midland (ADM), especializada em alimentos de origem vegetal.

A ação da IRB Brasil subiu 5,86% após a resseguradora anunciar aumento de 35% no lucro do segundo trimestre e elevar a previsão de prêmios emitidos para este ano.

Já o papel da Magazine Luiza se valorizou 6,09% em dia de desdobramentos das ações de um para oito, com o intuito de aumentar a liquidez do ativo.

A alta do índice, porém, foi impulsionada pelos papéis da Petrobrás, Vale e Bradesco, que, após perdas no dia anterior, fecharam em alta de 1,29%, 1,35% e 1,52%, respectivamente. Juntas, as ações dessas empresas representam cerca de um terço do Ibovespa.

Especialistas apontaram que a forte queda abriu espaço para comprar mais papéis.

"Os indicadores do mercado, devido a todo o stress de ontem, ficaram novamente interessantes", destacou a equipe do BTG Pactual, em nota a clientes divulgada pela equipe da área de gestão de recursos.

Levemente desvalorizado e relação à moeda chinesa, o dólar se manteve estável frente ao real por aqui. Com recuo de 0,03%, a moeda fechou o dia valendo 3,956 reais. Ao longo do dia, o dólar teve máxima de 3,985 reais e mínima de 3,94.

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