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Ibovespa sobe 0,7% no início da tarde, enquanto bolsas recuam no exterior

Investidores ignoram ameaça de Trump de reinstaurar tarifas sobre aço do Brasil e dados de atividade americana que vieram piores do que o esperado

O Ibovespa apresenta um descompasso em relação aos principais índices lá de fora. Em novembro, a B3 acumulou uma alta de 0,95%, enquanto no exterior as bolsas avançaram 3,5% (Paulo Whitaker/Reuters)

O Ibovespa apresenta um descompasso em relação aos principais índices lá de fora. Em novembro, a B3 acumulou uma alta de 0,95%, enquanto no exterior as bolsas avançaram 3,5% (Paulo Whitaker/Reuters)

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Natália Flach

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 13h33.

São Paulo - Enquanto a bolsa brasileira opera em alta, lá fora, os principais índices acionários caem no início da tarde desta segunda-feira (2). Esse descolamento é reflexo da entrada de investidores estrangeiros na B3, segundo Matheus Soares, analista da Rico Investimentos. Eles parecem ignorar a notícia de que os Estados Unidos pretendem reinstaurar as tarifas sobre aço e alumínio do Brasil e da Argentina.

Até o momento, o volume negociado na B3 foi de 4,6 bilhões de reais e o Ibovespa atingiu, na máxima da manhã, 109.218 pontos. Às 13h, subia 0,7% para 108.940.

No início da manhã, as bolsas lá de fora e daqui subiam com os investidores animados com números vindos da China — o indicador de atividade econômica veio acima do esperado pelos analistas — e com a revisão do banco JP Morgan para o produto interno bruto americano, de 1,25% para 2%.

Só que, por volta das 12h, foram divulgados indicadores de atividade nos Estados Unidos, e os números decepcionaram os investidores. Com isso, o otimismo se dissipou nos mercados externos. No início da tarde, o S&P 500 caía 0,91% e Dow Jones, 0,84%. "Talvez, isso se reflita na nossa bolsa", diz Soares.

A questão é que o Ibovespa já apresenta um descompasso em relação aos principais índices lá de fora — e esse avanço, mesmo que modesto, pode ser uma tentativa de encurtar distâncias. Em novembro, a B3 acumulou uma alta de 0,95%, enquanto no exterior as bolsas avançaram 3,5%.

"Entre os motivos para esse descasamento, estão os conflitos político-econômicos na América Latina. Por isso, o que estamos vendo é mais uma correção do que uma boa notícia", acrescenta.

 

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