B3: as recentes altas do índice favoreceram uma tentativa de realização de lucro, movimento que acabou perdendo força ao longo do dia (Facebook/B3/Reprodução)
Reuters
Publicado em 15 de maio de 2017 às 18h48.
São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em leve alta nesta segunda-feira, engatando o quinto pregão seguido no azul, em sessão com noticiário corporativo ainda movimentado, enquanto o cenário político seguiu tranquilo, favorecendo as oscilações mais contidas.
O Ibovespa subiu 0,37 por cento, a 68.474 pontos. O giro financeiro somou 12,24 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções sobre ações que ocorreu na primeira parte dos negócios.
As recentes altas do índice favoreceram uma tentativa de realização de lucro, movimento que acabou perdendo força ao longo do dia. Na mínima da sessão, o Ibovespa recuou 0,21 por cento, enquanto subiu 0,54 por cento no melhor momento.
Além da percepção de que o clima está favorável para o andamento da reforma da Previdência no Congresso Nacional, a perspectiva de manutenção dos cortes da taxa básica de juros também seguiu animando os investidores, com o grupo que mais acerta as previsões na pesquisa Focus do Banco Central reduzindo a estimativa para a Selic ao final deste ano para 8,25 por cento.
- PETROBRAS PN subiu 1,49 por cento e PETROBRAS ON ganhou 1,63 por cento, em dia de avanço dos preços do petróleo no mercado internacional. Também no radar estava a reabertura de títulos da petroleira, que lançou 4 bilhões de dólares em bônus de três vencimentos, segundo informações do IFR.
- CSN ON subiu 6,06 por cento e GERDAU PN ganhou 3,74 por cento, na esteira do otimismo em relação à demanda por aço, após a promessa do presidente chinês, Xi Jinping, de investimentos de 124 bilhões em seu novo plano para a Rota da Seda, como parte da iniciativa que tem como objetivo ampliar os laços com Ásia, África e Europa.
- USIMINAS PNA avançou 6,04 por cento, também diante das declarações do presidente chinês e ganhando impulso adicional com o otimismo com relação à recente informação sobre a retomada das operações do alto forno número 1 da usina de Ipatinga a partir de abril de 2018, com analistas do Santander afirmando que a medida reduz a necessidade de a empresa comprar placas de terceiros.
- B3 ON teve alta de 1,19 por cento, após divulgar dados do primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de 523,6 milhões de reais, alta de 9,6 por cento na comparação com mesmo período do ano passado.
- MARFRIG ON teve baixa de 4,29 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, a despeito da melhora de recomendação para os papéis da empresa por parte do Itaú BBA, na esteira da divulgação de resultado do primeiro trimestre e do registro inicial para abertura de capital nos Estados Unidos da unidade Keystone. Segundo analistas, os papéis já haviam subido diante da expectativa pela oferta nos EUA, abrindo espaço para realização neste pregão. Apesar da queda desta segunda-feira, as ações acumulam alta de 11,35 por cento no ano.
- ELETROBRAS PNB cedeu 0,14 por cento e ELETROBRAS ON recuou 2,57 por cento, devolvendo os ganhos vistos no início dos negócios, após a empresa reportar lucro líquido de cerca de 1,4 bilhão de reais entre janeiro e março, ante prejuízo líquido de 3,9 bilhões de reais no mesmo período de 2016. Analistas da Citi Corretora mantiveram recomendação de "venda/risco alto" para os papéis ON e PNB, afirmando que o valor das ações não é atraente devido aos "riscos de execução, lento progresso em economias de custo e alienações de ativos e riscos regulatórios".
- SABESP ON caiu 2,36 por cento, devolvendo os ganhos inicias quando chegou a subir mais de 3 por cento. No radar estava o anúncio de estudos para capitalização da empresa de saneamento, que prevê a transferência das ações sob titularidade do Estado para uma nova holding, movimento que, na visão do BTG Pactual, adiciona ceticismo em relação à revisão tarifária da companhia. O anúncio ofuscou os dados do primeiro trimestre da Sabesp, que mostraram lucro líquido de 674,4 milhões de reais, alta de 7,3 por cento sobre igual período do ano passado.