Mercados

Ibovespa sobe mais de 1% com otimismo externo ofuscando PIB do Brasil

Às 11:33, o Ibovespa subia 1,36%, a 97.878,26 pontos; volume financeiro era de 3,23 bilhões de reais

B3: Ibovespa avançava nesta quinta-feira (NurPhoto/Getty Images)

B3: Ibovespa avançava nesta quinta-feira (NurPhoto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 30 de maio de 2019 às 10h22.

Última atualização em 30 de maio de 2019 às 12h02.

São Paulo — O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, com otimismo no exterior após leitura positiva do PIB dos Estados Unidos, que compensava avaliação sobre a retração do crescimento econômico brasileiro no primeiro trimestre.

Às 11:33, o Ibovespa subia 1,36%, a 97.878,26 pontos. O volume financeiro era de 3,23 bilhões de reais.

O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano mostrou um crescimento de 3,1% no primeiro trimestre, em linha com as expectativas. Embora tenha sido ligeiramente revisada para baixo, a leitura reforça a visão de que a economia dos EUA continua forte, fato que fornece sustentação às principais praças externas, que operavam em alta.

"O mercado está claramente refletindo mais positivamente os dados de crescimento dos EUA, dado o recuo do PIB brasileiro no primeiro trimestre e a falta de grandes novidades sobre a reforma da Previdência", afirmou Bruno Madruga, responsável pela área de renda variável da Monte Bravo

Ele acrescentou que o índice deve continuar apresentando volatilidade até que o texto que altera a aposentadoria dos brasileiros seja aprovado.

O PIB do Brasil teve recuo de 0,2% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2018, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que a queda do crescimento econômico brasileiro no período não é novidade para o governo, e ressaltou que a realização das reformas econômicas é fundamental para a retomada do crescimento econômico.

Também seguia no radar a retórica comercial entre os EUA e a China. Nesta quinta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estão indo bem nas negociações comerciais e que Pequim deseja firmar um acordo com Washington.

Destaques

- PETROBRAS PN subia 0,8% e PETROBRAS ON crescia 0,7%, apesar de notícia de que a reguladora norte-americana U.S. Commodity Futures Trading Comission (CFTC) enviou à estatal pedidos de informação sobre atividades de "trading" da companhia que são objeto de investigação na operação Lava Jato. Também permanecia no radar decisão liminar da Justiça Federal do Rio de Janeiro determinando a suspensão pela Petrobras de processos para a venda de 100% de participação da estatal na Araucária Nitrogenados (Ansa) e na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III)

- CEMIG avançava 3%, depois da companhia reiterar na véspera compromisso em reduzir significativamente o peso de sua dívida nos próximos anos e promover um robusto programa de investimentos naunidade de distribuição de energia, a Cemig-D, que deverá realizar aportes de 6,458 bilhões de reais até 2023. A Cemig afirmou que tem uma meta de reduzir a alavancagem para 1,94 vez em 2020, contra 3,48 vezes em 2018.

- CSN subia 3,1%, tendo de pano de fundo elevação de rating da companhia para B, de -B, pela agência de classificação Fitch Ratings e alteração da perspectiva de estável para otimista.

- JBS valorizava-se 5,15%. A companhia anunciou na véspera investimento de 95 milhões de dólares em expansão de fábrica no Nebraska (EUA) e afirmou que as melhorias na instalação vão permitir atender a demanda por produtos de carne bovina de maior qualidade no país.

- CIELO valorizava-se 2,8%, um dia após os papeis da empresa de pagamentos encerrarem em seu menor valor de fechamento desde 23 de dezembro de 2011. No final da passada, a Cielo informou que desistiu da projeção de lucro para 2019 e reduziu fortemente a remuneração que distribuirá a acionistas, em meio a cenário difícil para a companhia dada a competição acirrada no segmento de meios de pagamentos.

- AMBEV subia 0,9 por cento, apesar da notícia de investimentod de 550 milhões de reais da rival Heineken em fábricas e novo centro de distrbuição no Estado de São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:B3Ibovespa

Mais de Mercados

Não é só o Brasil: Argentina faz maior venda de reservas internacionais em um dia para segurar dólar

Por que a China domina o mercado de carros elétricos? 'Padrinho dos EVs' explica o motivo

Japão evita dar pistas sobre aumento dos juros e vai acompanhar os riscos à economia

Ibovespa ganha fôlego com bancos, Petrobras e Vale e fecha acima dos 121 mil pontos