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Ibovespa resiste a queda maior com ajuda de “kit Serra”

Entre as maiores altas do Ibovespa, que evitam uma queda mais acentuada da bolsa, estão os papéis do setor elétrico

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra (Arquivo/ABr)

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra (Arquivo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h17.

São Paulo - O Ibovespa tem mais um dia de instabilidade, próximo da mesma pontuação de fechamento dos dois dias anteriores, depois de ter subido na primeira hora e chegado a passar de 72.000 pontos nos primeiros vinte minutos de pregão.

Às 12h52, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,29 por cento e marcava 71.488 pontos. Às 10h20, o indicador bateu 72.140 pontos, na maior pontuação desde 2 de junho de 2008, o que fez investidores venderem ações para embolsar os lucros.

A queda do Ibovespa acompanha os principais índices das bolsas americanas, após o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan ter vindo abaixo das expectativas.

Entre as maiores altas do Ibovespa, que evitam uma queda mais acentuada da bolsa, estão os papéis do setor elétrico, como os de Centrais Elétricas Brasileiras SA, Cia. Energética de Minas Gerais e Cia. Energética de São Paulo.

“O mercado está começando a precificar um cenário do Serra como presidente”, disse Frederico Mesnik, sócio-gestor da Humaitá Investimentos, que administra R$ 70 milhões em São Paulo, referindo-se ao candidato à presidência José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira.

Num primeiro momento, segundo ele, os papéis que se beneficiam da possibilidade de vitória do candidato tucano são as ações de Petróleo Brasileiro SA, Vale SA, Eletrobras e outras elétricas, o que ele chama de “kit Serra”.

“Existe um consenso no mercado de que o PT tem muito mais peso na economia do que o PSDB”, disse, em referência à candidata governista Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores.

Às 13h01, as ações preferenciais de Petrobras e Vale, as mais negociadas, caíam respectivamente 0,61 por cento e 1,16 por cento, devolvendo parte da alta acumulada nos dias anteriores.

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