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Ibovespa reduz perda no final e fecha acima dos 85 mil pontos

O principal índice acionário brasileiro diminuiu perdas no final, fechando em queda de 0,65%, a 85.136,10 pontos

Ibovespa: investidores tentaram alinhar os preços das ações domésticas ao mercado internacional (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: investidores tentaram alinhar os preços das ações domésticas ao mercado internacional (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de dezembro de 2018 às 19h01.

Última atualização em 26 de dezembro de 2018 às 19h02.

São Paulo - O bolsa paulista fechou no vermelho nesta quarta-feira, com os investidores para tentar alinhar os preços das ações domésticas ao mercado internacional, à medida que Wall Street esboçava alguma reação após uma sucessão de perdas pesadas.

O Ibovespa diminuiu perdas no final, fechando em queda de 0,65 por cento, a 85.136,10 pontos, após ter chegado a recuar 2,1 por cento no pior momento. O giro financeiro somou 9,6 bilhões de reais.

Com muitos agentes do mercado afastados por causa das festas de fim de ano, o pregão começou pressionado por blue chips, ajustando-se ao movimento de ADRs negociadas em Wall Street na segunda-feira, quando o mercado brasileiro esteve fechado.

Os três principais índices das bolsas norte-americanas subiam mais de 3 por cento quando a B3 encerrava o pregão.

O Ibovespa reduziu o ritmo de queda, conforme o avanço dos preços internacionais do petróleo e os índices acionários norte-americanos ampliaram ganhos. S&P 500 Dow Jones e Nasdaq avançavam mais de 3 por cento no fechamento da B3.

"Essa semana vai ser muito fraca de volumes e liquidez e a expectativa é que continue assim nas próximas sessões... Aqui a agenda é fraca, então é mais o exterior que vai puxar (a bolsa brasileira) mesmo", disse à Reuters Rafael Passos, analista na Guide Investimentos.

No âmbito doméstico, as atenções se dividiram entre o fraco noticiário corporativo e dados da dívida pública federal, que cresceu 1,7 por cento em novembro sobre outubro, para 3,827 trilhões de reais, dentro do intervalo estabelecido como meta para 2018, segundo o Tesouro National.

Destaques

- VIA VAREJO ON perdeu 5,7 por cento. Seu dono,o GPA, anunciou na sexta-feira planos de concluir até o fim de 2019 a venda de sua fatia de 43,23 por cento na rede de móveis e eletroeletrônicos. O plano começará na quinta-feira com a venda de 50 milhões de ações da varejista. GPA PN caiu 5 por cento.

- VALE ON perdeu 0,83 por cento, na contramão do minério de ferro na China, que avançou em meio à de melhora na demanda de siderúrgicas antes do Ano Novo Lunar.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,2 por cento e BRADESCO PN recuou 1,3 por cento. Ainda no setor bancário, BANCO DO BRASIL ON subiu 0,66 por cento e SANTANDER teve baixa de 1,6 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 3,5 por cento e PETROBRAS ON ganhou 1,86 por cento, revertendo as perdas da manhã, na esteira da forte recuperação do petróleo no exterior.

- LOG COMMERCIAL PROPERTIES avançou 1,7 por cento, após um tombo na estreia na sexta-feira, após a então controladora MRV transferir proporcionalmente aos demais acionistas sua participação de 46,3 por cento na empresa de galpões logísticos, em transação destinada à cisão do negócio. MRV ON cedeu 2,66 por cento, depois de fechar com ganho de 13 por cento na sessão anterior.

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