Mercados

Ibovespa recua por bancos, com investidores de olho no FED

Índice caiu 1,11 por cento, a 53.831 pontos, com giro financeiro de 6,9 bilhões de reais


	Pregão da Bovespa: Cielo apareceu entre as maiores pressões de queda da bolsa
 (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Pregão da Bovespa: Cielo apareceu entre as maiores pressões de queda da bolsa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 17h11.

São Paulo - O principal índice da Bovespa teve baixa de 1 por cento nesta terça-feira, pressionado por papéis do setor financeiro e com investidores preocupados com a deterioração do cenário fiscal brasileiro e o futuro da política monetária norte-americana. O Ibovespa caiu 1,11 por cento, a 53.831 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais.

Com o mercado em compasso de espera, ainda aguardando a divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos na sexta-feira que possam indicar os próximos passos do banco central local, as bolsas norte-americanas operavam próximas da estabilidade. "A tendência de ganhos lá fora perdeu força, após máximas históricas terem sido atingidas nos EUA. Também estamos tendo uma pausa para respirar nos últimos dias", afirmou o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

No cenário doméstico, a deterioração do cenário fiscal, que contribuiu para a alta de quase 2 por cento do dólar, gerou pessimismo entre investidores. O resultado primário deficitário de setembro, divulgado na semana passada, foi o pior para o mês na série histórica do Banco Central.

"A bolsa está trabalhando em cima de uma linha de suporte de tendência de alta traçada recentemente. Mas muito ainda se fala da situação do Brasil em termos do desempenho econômico... Uma tomada de decisão mais definitiva fica muito incerta. O mercado está lateralizado há quatro dias", afirmou o analista Leandro Silvestrini, da Intrader. Papéis de instituições bancárias foram a principal influência negativa sobre o Ibovespa, com destaque para Itaú Unibanco e Bradesco.

A Cielo, que divulgou seu balanço na noite da véspera, também apareceu entre as maiores pressões de queda. A rede de meios de pagamento teve crescimento de 17 por cento no lucro do terceiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, mas teve compressão nas margens. BR Properties também recuou após divulgar seu resultado trimestral, com queda de 65 por cento no lucro trimestral. Marfrig, MMX, Rossi Residencial e BM&FBovespa foram outras das principais quedas.

No sentido contrário, destacou-se a ação da Embraer . Segundo operadores, o papel teve uma sessão de ajuste após fortes quedas recentes.

Light também subiu, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar nesta terça-feira aumento médio de 3,65 por cento nas tarifas da distribuidora fluminense. Fora do índice, as ações da OSX saltaram 20,75 por cento, após notícia de que a empresa de construção naval conseguiu refinanciar um empréstimo.

Nesta terça, duas fontes afirmaram à Reuters que a companhia controlada pelo ex-bilionário Eike Batista conseguiu estender uma dívida de 400 milhões de reais com a Caixa Econômica Federal e o Santander Brasil. "Para uma empresa que está quase quebrando, isso (rolagem do empréstimo) é uma ótima notícia", disse um gestor, que pediu para não ser identificado.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Eleição no Reino Unido não muda cenário para ativos e risco de crise é "muito alto", diz Gavekal

Americanas (AMER3): posição em aluguel na bolsa dobra no ano e representa mais de 30% do free float

Após eleições, Goldman Sachs eleva previsão de crescimento do Reino Unido

Ibovespa fecha em leve alta com payroll nos EUA; dólar cai a R$ 5,46

Mais na Exame