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Ibovespa recua, mas disparada das ações da Oi limita perdas

Às 11h26, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,48 por cento, a 52.921 pontos. O giro financeiro do pregão era de 975 milhões de reais


	Operador da Bovespa: ações de OGX, LLX e MMX tinham as três maiores quedas do Ibovespa
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Operador da Bovespa: ações de OGX, LLX e MMX tinham as três maiores quedas do Ibovespa (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 11h37.

São Paulo - O principal índice da Bovespa caía na manhã desta quarta-feira depois de avançar 1,61 por cento na véspera, conforme uma postura mais cautelosa quanto à paralisação do governo norte-americano voltava aos mercados, mas as perdas eram limitadas por um forte avanço de ações da Oi após o anúncio de fusão com a Portugal Telecom.

Às 11h26, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,48 por cento, a 52.921 pontos. O giro financeiro do pregão era de 975 milhões de reais.

A falta de evolução nos debates entre democratas e republicanos nos Estados Unidos para tirar o governo de sua primeira paralisação em 17 anos, que suspendeu parcialmente a atividade do funcionalismo público e representa uma ameaça à recuperação econômica do país, deixava investidores novamente apreensivos.

"Não há nenhum sinal de avanço para reverter a decisão de fechamento e os mercados começam a antecipar uma paralisação mais longa que o esperado", afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria. Na terça-feira, o Senado dos EUA, liderado por democratas, votou contra a última tentativa dos republicanos de modificar um plano de financiamento emergencial e enviou um novo projeto para a Câmara dos Deputados que permitiria o financiamento de agências governamentais até 15 de novembro.

Por aqui, as ações de OGX, LLX e MMX tinham as três maiores quedas do Ibovespa. Na véspera, a OGX informou que não fará o pagamento de juros remuneratórios no valor de cerca de 45 milhões de dólares decorrentes de bônus emitidos no exterior. No sentido contrário do restante do mercado, as ações preferenciais e ordinárias da operadora Oi saltavam com força, reagindo ao anúncio de acordo preliminar para a fusão de suas operações com as da Portugal Telecom , uma de suas principais acionistas, cujos papéis avançavam cerca de 7 por cento.


A operação prevê um aumento de capital de pelo menos 7 bilhões de reais na Oi e vai criar a CorpCo, uma multinacional com cerca de 100 milhões de clientes. "Apesar da magnitude do aumento de capital na Oi, que decorreria em uma diluição dos acionistas minoritários, acreditamos que a operação vai não somente levar a um maior alinhamento entre minoritários e controladores como também permitir melhoras operacionais", afirmaram analistas do Itaú BBA em relatório.

Embora em menor magnitude, a ação da rival TIM Participações também subia. "(O acordo) coloca a Oi em uma posição melhor para fazer uma oferta por uma fatia na TIM", disseram analistas do J.P. Morgan, acrescentando que a controladora da concorrente da Oi, a Telecom Italia, considera vendê-la para melhorar seu balanço.

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