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Ibovespa pode cair a 50 mil pontos com vitória de Dilma

Algumas das maiores altas diárias nos últimos meses aconteceram após pesquisas mostrarem queda nas intenções de voto da presidente

Dilma Rousseff: se presidente perder, o Ibovespa deve subir a 63.770 pontos até o fim do ano (Ichiro Guerra/Dilma 13)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 10h38.

São Paulo - O futuro da bolsa brasileira depende da eleição presidencial de outubro, podendo cair até o fim do ano caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita, segundo pesquisa da Reuters.

O Ibovespa , principal índice de ações do Brasil, acumula alta de cerca de 10 por cento neste ano até o fechamento de 24 de setembro, impulsionado pela expectativa de uma mudança na Presidência.

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Algumas das maiores altas diárias nos últimos meses aconteceram após pesquisas mostrarem queda nas intenções de voto de Dilma e avanço de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Levantamentos recentes mostrando alguma perda de terreno de Marina e fortalecimento de Dilma, com acirramento da disputa entre ambas na simulação de segundo turno, fizeram com que a bolsa reduzisse seu fôlego, segundo profissionais do mercado de renda variável.

Analistas consultados na semana passada forneceram estimativas para o Ibovespa considerando dois cenários.

Se Dilma for reeleita, o índice deve terminar o ano em 50 mil pontos, em queda de 12 por cento frente ao nível atual.

O Ibovespa iria então para 52,5 mil no meio do ano que vem e atingiria 56,5 mil pontos no fim de 2015, segundo a mediana das projeções na pesquisa com 16 estrategistas e analistas.

Se Dilma perder a eleição, o Ibovespa deve subir a 63.770 pontos até o fim do ano, a 65 mil pontos no meio de 2015 e a 69 mil pontos no fim do próximo ano, segundo a pesquisa.

Em ambos os cenários, as ações devem ser afetadas por uma série de ajustes econômicos, incluindo a redução dos gastos públicos e o aumento nos preços da gasolina.

"Se Dilma ganhar, provavelmente vamos ver ela reforçando a estratégia que ela tem seguido e que não tem sido bem-sucedida", disse o gestor de portfólio da Cultinvest Asset Management, Felipe Cosi, em São Paulo.

"Se Marina ganhar, ela deve dar sinais positivos para o mercado, mas ela ainda vai ter que colocar a economia nos trilhos. A grande questão é de que forma os ajustes vão acontecer", acrescentou.

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