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Ibovespa passa por ajuste e recua abaixo de 85 mil pontos

A Fibria subiu 5,2%, destoando do ajuste negativo, após informação de possível oferta de compra da empresa

B3: o Ibovespa caiu cerca de 1%, a 84.698 pontos (Facebook/B3/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 18h23.

São Paulo- O índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou em queda nesta segunda-feira, com o ambiente internacional negativo corroborando uma realização de lucros após uma semana de recordes no pregão local.

O Ibovespa caiu cerca de 1 por cento, a 84.698 pontos. O volume financeiro somou 11,6 bilhões de reais.

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Na sexta-feira, o Ibovespa fechou com alta de 2,21 por cento, a 85.530 pontos, recorde histórico, dado o forte fluxo de investidores externos e expectativas ligadas à cena eleitoral. Até a sexta, o índice acumulava em 2018 elevação de 10 por cento

A fraqueza de bolsas nos Estados Unidos e queda do petróleo, endossaram a correção negativa no pregão doméstico. Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,4 por cento no final da tarde, também após máximas históricas na semana passada.

A segunda-feira marca o começo da divulgação de resultados das companhias que compõem o Ibovespa, com a fabricante de celulose Fibria apresentando seus números após o fechamento das operações na B3.

Agentes financeiros, contudo, mantêm a perspectiva positiva, dado o fluxo positivo de capital externo, que já supera 7 bilhões de reais em 2018 e pode seguir uma vez que o Ibovespa ainda não está exatamente caro para os estrangeiros.

"Levando em consideração o excesso de liquidez global, queda acentuada nos juros e a possível retomada da atividade econômica, podemos sim trabalhar em renovações de máxima no Ibovespa", afirmou Claudio Pacini, chefe de Brasil na área de ações da corretora INTL Fcstone nos Estados Unidos.

Ele ponderou, contudo, que o ano pode trazer um pouco de volatilidade devido às eleições e o condicionamento da aprovação da Reforma da Previdência.

Destaques

- BB SEGURIDADE caiu 4 por cento, em meio a dados do setor de seguros, com analistas do JPMorgan avaliando que a empresa teve em dezembro um resultado consolidado fraco, conforme relatório distribuído a clientes.

- BRADESCO PN perdeu 3 por cento, com o setor bancário também passando por ajuste negativo na esteira de altas da última semana e pressionando o índice dado o peso relevante que as ações têm na carteira. BRADESCO ON caiu 2,9 por cento.

- WEG recuou 3,2 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, após analistas do Credit Suisse cortarem a recomendação dos papéis para 'undeperform', citando, entre outros fatores, que a ação está mais cara que suas concorrentes.

- PETROBRAS PN recuou 0,4 por cento e PETROBRAS ON fechou estável, após fortes ganhos na semana passada, quando acumularam elevação ao redor de 9 e 12 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo o declínio dos preços do petróleo no mercado global.

- FIBRIA subiu 5,2 por cento, destoando do ajuste negativo, após informação da coluna online de Lauro Jardim no fim de semana de que o BTG Pactual está com mandato do grupo asiático-holandês Paper Excellence para comprar a companhia e tendo como pano de fundo a valorização do dólar ante o real.

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