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Ibovespa opera sem viés claro, com política contrapondo exterior favorável

Às 11:11, o principal índice de ações da B3 caía 0,06 por cento, a 76.596 pontos

Pregão: no exterior, a sessão era relativamente positiva em praças acionárias, também adicionando um componente positivo no pregão brasileiro (Germano Lüders/Reuters)
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Clara Cerioni

Publicado em 6 de junho de 2018 às 13h51.

Última atualização em 6 de junho de 2018 às 13h53.

São Paulo - A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara na manhã desta quarta-feira, em meio à manutenção das preocupações com o cenário eleitoral no Brasil, enquanto a alta das ações da Vale e de exportadoras e o viés benigno em praças acionárias no exterior contribuíam do lado positivo.

Às 11:11, o principal índice de ações da B3 caía 0,06 por cento, a 76.596 pontos. O Ibovespa já oscilou entre uma mínima de 76.187 pontos à máxima de 76.966 pontos.

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O volume financeiro no pregão somava 2,8 bilhões de reais.

Na visão de profissionais da área de renda variável, o governo conduziu mal a crise dos caminhoneiros, o que acabou gerando preocupações tanto do ponto de vista fiscal como político, que eram amplificadas pelo cenário eleitoral incerto.

"O mercado coloca no preço...se tudo estivesse funcionando, economia, reformas, o mercado pensaria nas eleições apenas no começo do segundo semestre, mas não está tudo funcionando", disse o operador de uma corretora no Rio de Janeiro.

No exterior, a sessão era relativamente positiva em praças acionárias, também adicionando um componente positivo no pregão brasileiro. O índice MSCI de ações de mercados emergentes subia 0,57 por cento e, nos Estados Unidos, o S&P 500 operava em alta de 0,06 por cento.

DESTAQUES

- VALE tinha alta de 3,4 por cento, no segundo pregão seguido de ganhos, acompanhando a elevação do preço do minério de ferro à vista na China, mas também beneficiada pela valorização do dólar ante o real.

- PETROBRAS PN tinha variação negativa de 0,9 por cento e PETROBRAS ON recuava 0,8 por cento, conforme os papéis seguem afetados pelos receios sobre a autonomia da petroleira.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,48 por cento, tendo no radar notícia de que perdeu uma disputa de 2,7 bilhões de reais com a União relacionada à operação que formou o conglomerado, há dez anos, segundo o jornal Valor Econômico.

- CSN avançava 1,8 por cento, capitaneando a alta de papéis de empresas siderúrgicas na bolsa, que também se beneficiam do fortalecimento do dólar ante o real.

- SUZANO valorizava-se 1,9 por cento, em meio a um ambiente ainda favorável para aumento de preços de celulose, além do efeito benigno do movimento atual no câmbio.

- MARFRIG subia 1 por cento, após anunciar que finalizou a compra de 51 por cento da norte-americana National Beef Packing Company, após receber na véspera as autorizações necessárias para finalizar a aquisição.

- CVC BRASIL caía 6 por cento, destaque de baixa do Ibovespa, com papéis ligados ao consumo novamente pressionados dada a retomada mais lenta do que o previsto da atividade econômica e dados ainda fracos sobre emprego.

- GOL PN cedia 3,25 por cento, em meio à valorização do dólar ante o real, que tem impacto nos custos das aéreas. A Gol divulgou altas de 2,6 por cento na demanda e de 1,5 por cento na oferta no mercado doméstico em maio.

 

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