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Ibovespa toca mínima em seis semanas com temores sobre coronavírus

Possíveis impactos da doença na economia da China e do mundo preocupam investidores

Ibovespa: índice abre em queda pressionado por surto de coronavírus (Germano Lüders/Exame)
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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 10h59.

Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 14h59.

O tom negativo prevalecia na bolsa nesta quinta-feira, em linha com a trajetória de baixa de praças acionárias no exterior, em meio a preocupações persistentes com o surto de coronavírus , que começou na China , mas já atinge vários países.

Às 14h43, o Ibovespa caía2,02%, a113.049,67pontos. Na mínima, chegou a 112.825 pontos, menor patamar intradia em seis semanas. O volume financeiro somava 8,8 bilhões de reais.

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"O contágio do coronavírus está se espalhando muito mais rápido do que o esperado", afirmou Yves Bonzon, diretor de investimentos do banco suíço Julius Baer.

"A situação é claramente muito séria, mas também nos lembra que, na verdade, ninguém sabe como a situação evoluirá no curto prazo e que mesmo opiniões de especialistas não são confiáveis", acrescentou, em relatório a clientes.

"Claramente haverá um impacto (na economia), apenas a magnitude é desconhecida", acrescentou.

A Comissão Nacional de Saúde da China disse nesta quinta-feira que o número total de mortes pelo novo coronavírus confirmadas no país aumentou em 38 para 170 no final de quarta-feira. Os casos confirmados chegaram a 7.711.

Foram relatadas infecções em pelo menos 16 outros países, com 105 casos confirmados. O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde vai se reunir nesta quinta-feira para decidir se o vírus constitui uma emergência global.

"A percepção dos impactos na economia global com o avanço do vírus vem causando um movimento maior na busca por ativos de menos risco", destacou a Elite Investimentos, acrescentando que a agenda fraca e o recesso parlamentar no Brasil expõem o Ibovespa ao cenário internacional.

Destaques

- GOL PN perdia 4,69%, entre as maiores quedas do Ibovespa, tendo no radar preocupações sobre o efeito na demanda em razão das apreensões sobre a disseminação do coronavírus, além da valorização do dólar ante o real. AZUL PN caía 3,88% e CVC Brasil ON perdia 3,97%.

- B2W ON cedia 5,16%, com o setor de varejo como um todo em queda, com VIA VAREJO ON caindo 3,46% e MAGAZINE LUIZA ON perdia 2,09%.

- PETROBRAS PN mostrava declínio de 1,39, tendo de pano de fundo forte queda dos preços do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON cedia 0,86%.

- VALE ON recuava 0,93%, também afetada pelas preocupações sobre o surto na China e o efeito no crescimento econômico daquele país e reflexos na economia global.

- BRADESCO PN caía 2,79% e ITAÚ UNIBANCO PN oscilava em torno da instabilidade, pressionados pelo viés mais vendedor na bolsa nesta sessão, com BANCO DO BRASIL ON em baixa de 1,54%.

- ÂNIMA EDUCAÇÃO ON subia 1,57%, após precificar na véspera oferta primária de ações a 36,25 reais por papel, que resultou em efetivo aumento do capital social da companhia de 1,1 bilhão de reais.

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