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Ibovespa hoje: bolsa fecha em queda com retomada de sell-off no exterior

Investidores voltam a fugir para ativos defensivos, após breve rali do dia anterior; Índices de NY caem pelo sétimo pregão dos últimos oito

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 10h32.

Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 17h57.

O Ibovespa fechou esta quinta-feira, 29, em queda, chegando a atingir o menor patamar do mês de setembro na mínima do dia. O principal índice da B3 foi pressionado pela maior aversão ao risco no mercado internacional. Em meio a temores de uma recessão global, investidores voltam a vender ações no mundo inteiro, enquanto buscam proteção do dólar e apostam por juros mais altos em grandes economias.

  • Ibovespa: - 0,73%, 107.664 pontos

Os principais índices de Wall Street, que tiveram forte recuperação no dia anterior, voltaram a registrar perdas significativas nesta quinta. Se confirmada, a queda será a sétima dos últimos oito pregões para o S&P 500 e Dow Jones. O tom negativo ocorrem após novos dados da economia americana revelarem uma atividade econômica mais aquecida que o esperado.

  • S&P 500 (EUA): - 2,11%
  • Nasdaq (EUA): - 2,84%

O PIB do segundo trimestre se manteve estável em sua última revisão, com contração de 0,6%. Mas o núcleo do Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, an sigla em inglês) foi revisado pára cima, ficando em 4,7% ante 4,4% da divulgação anterior. Já o PCE bruto foi de 7,1% para 7,4%.

A Alemanha também apresentou números piores que o esperado, com seu Índice de Preço ao Consumidor (IPC) subindo 1,9% em setembro ante consenso de 1,4% de alta. No acumulado de 12 meses, o IPC saltou 7,9% para 10%. A bolsa de Frankfurt foi um dos destaques negativos da Europa, caindo mais de 1,5%. No radar de investidores ainda estão dados de inflação da Zona do Euro e Estados Unidos que serão divulgados amanhã, 30.

  • DAX (Alemanha): - 1,71%

Outro destaque de queda foi a bolsa de Londres, que recuou quase 2%, tendo como pano de fundo a crise de confiança envolvendo as políticas fiscais do novo governo britânico. A libra esterlina, por outro lado, sobe sob intervenção do Bank of England. Este é o terceiro dia de alta da moeda britânica,que tocou mínima histórica frente ao dólar no início da semana.

  • FTSE 100 (Reino Unido): - 1,77%

Apesar dos ventos contrários do cenário internacional, dados econômicos divulgados no Brasil seguem animadores -- ainda que insuficientes para segurarem, sozinhos, a bolsa. A surpresa postiva desta manhã veio do IGP-M, que apresentou queda de 0,95% para a inflação de setembro. O consenso era de deflação de 0,86%. Este foi o quarto mês consecutivo em que o IGP-M surpreendeu para baixo.

"Estamos com uma visão positiva para o cenário local. Se não houver uma recessão mais brusca no exterior, a bolsa parece atrativa pensando num horizonte de 12 a 24 meses", disse Luccas Fiorelli, HCI Invest.

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